Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Aun, Aline Garcia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150044
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Resumo: |
O presente estudo monitorou os danos genéticos, citotóxicos e de estresse oxidativo em médicos expostos ocupacionalmente aos anestésicos inalatórios durante o primeiro ano de residência médica. Esse follow-up foi realizado no Hospital das Clínicas de Botucatu em 26 jovens médicos atuantes em salas cirúrgicas com sistema parcial de exaustão de ar e expostos ocupacionalmente aos modernos anestésicos isoflurano, sevoflurano e desflurano, juntamente ao óxido nitroso. Amostras de sangue foram coletadas antes do início do programa de residência médica em anestesiologia e cirurgia (antes da exposição) e após seis meses e um ano de exposição. Os participantes foram avaliados quanto à genotoxicidade (quebras de DNA, pelo teste do cometa), citotoxicidade (apoptose precoce e perda de potencial de membrana mitocondrial, por citometria de fluxo) e marcadores de estresse oxidativo (peroxidação lipídica por dosagens de malonaldeído e 4-hidroxinonenal; oxidação proteica por dosagem de proteínas carboniladas e teste de capacidade antioxidante). Não foram encontradas alterações significativas nos biomarcadores de genotoxicidade (p = 0,15), citotoxicidade (p > 0,05) e malonaldeído (p = 0,69) e 4-hidroxinonenal (p = 0,84) plasmáticos ao longo dos três momentos avaliados. Por outro lado, houve aumento significativo de marcador de oxidação lipídica (malonaldeído detectado em hemácias lavadas; p = 0,007) e proteica (proteínas carboniladas) aos seis meses de exposição, sendo que as proteínas carboniladas tiveram aumento progressivo até os 12 meses de exposição (p < 0,001). Também houve aumento da capacidade antioxidante após um ano de exposição ocupacional (p < 0,001). Assim, o biomonitoramento durante o primeiro ano de residência médica mostrou que a exposição às concentrações residuais dos anestésicos não induz danos celulares precoces em médicos residentes, entretanto já demonstra indução de estresse oxidativo. Portanto, é de grande relevância a continuação do seguimento deste estudo nesses jovens profissionais, em início de carreira, a fim de se compreender os possíveis mecanismos e efeitos tóxicos que a exposição aos anestésicos inalatórios pode ocasionar, por se tratar de importante questão ocupacional. |