Avaliação da atividade antiviral dos compostos do esmalte de unha (acetato de etila e acetato de butila) no herpesvírus bovino tipo 5

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Benedetti, Natália Augusto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/137910
Resumo: O Sistema de Vigilância Sanitária da Itália detectou 445 casos de hepatite B e 69 de hepatite C, relacionados aos tratamentos de beleza. Fato esse alarmante, pois, os cuidados com a aparência, têm levado a população a buscar os padrões de beleza estabelecidos pela mídia. Destacando-se que os salões de beleza no Brasil estão cada vez mais comuns com a atuação dos profissionais de manicure e pedicure. Entretanto, os produtos cosméticos necessitam de uma avaliação da qualidade sanitária, ou seja, testes que indicam a quantidade de micro-organismos viáveis em cada amostra. Pois, evidências mostram a sobrevivência dos Trichophytonrubrum, Trichopyton mentagrophytes, Candida albicans, Candida parapsilosis no esmalte de unha. Todavia, a composição e a fabricação do esmalte são pouco conhecidas, devido várias etapas estarem envolvidas na produção dos esmaltes de unhas comuns. Objetivo: Avaliar a ação dos solventes presentes no esmalte de unha, o acetato de etila e o acetato de butila, sobre o herpes vírus bovino tipo 5. Método: Realizou ensaios da atividade antiviral nas diferentes fases do ciclo replicativo com os solventes, acetato de etila e o acetato de butila. Resultados: No pré-tratamento, não houve replicação viral no acetato de etila a partir da diluição 10-6 e no acetato de butila 10-5 . No póstratamento não houve replicação viral no acetato de etila a partir da diluição 10-7 e no acetato de butila 10-5 e na inativação viral, tanto o acetato de etila como o butila, após 48 e 72 horas, todas as diluições apresentaram replicação viral, 10-1 a 10-10 . Discussão: Apesar de não identificar na literatura relatos específicos sobre solventes acetato de etila e acetato de butila na atividade antiviral, o presente estudo evidenciou que apesar de pouca diferença entre as diluições sequenciais desses solventes, houve replicação viral em diluições mais concentradas de vírus e de solventes. A limitação do estudo, com o uso do esmalte de unha, se deu pelo fato deste produto não ser diluído em meio de cultura para células em sua totalidade, além de conter substâncias muito voláteis que secam o produto rapidamente. Conclusão: Concluiu-se que houve replicação viral nas diferentes diluições, em maior concentração de solvente e maior número de vírus. Para diminuir o risco de contaminação cruzada da população pela disseminação de micro-organismos, mostra a necessidade dos órgãos fiscalizadores atuarem mais nesses estabelecimentos, educando e verificando a rotina do trabalho desses profissionais.