Variação e gênero textual: o uso das preposições nas cartas de leitoras brasileiras e portuguesas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bueno, Letícia Cordeiro de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/115597
Resumo: A presente pesquisa visou estudar a variação de preposições em textos de cartas de leitoras de revistas femininas atuais brasileiras e portuguesas, tomando como referência os estudos em Sociolinguística e Linguística Histórica. Buscou-se com base na relação entre mudança linguística e escrita, estabelecer uma relação maior entre tal mudança e os gêneros textuais, uma vez que o gênero textual “carta de leitoras” mostra-se bastante permeável à oralidade. Para tanto, levou-se em consideração as mudanças sintáticas, sendo posteriormente selecionadas quatro preposições – a, até, em e para – identificadas como variantes em contexto de complementação verbal no português. Levando-se em conta esses fatores, esta pesquisa teve como objetivo estabelecer uma possível relação entre alternâncias na organização dos constituintes de uma sentença em revistas femininas que trabalham com variedades do português brasileiro e europeu, buscando evidenciar os casos de variação linguística através da análise das cartas de leitoras presentes nesses veículos de comunicação. Para alcançar esse objetivo geral, tomou-se como base os seguintes objetivos específicos: (i) determinar qual ou quais são as preposições que introduzem o complemento de predicadores de direção, de movimento com transferência e de transferência (material e verbal/perceptual) e como se distribuem em termos de frequência; (ii) identificar que fatores de natureza linguística e extralinguística explicam essa distribuição; (iii) determinar em que medida essa distribuição revela padrões diferentes de uso em relação à norma vigente; (iv) estabelecer de que forma a noção de gênero textual é capaz de esclarecer esses processos de mudança. Essa análise seguiu os pressupostos teórico-metodológicos da Teoria da Variação e Mudança (Labov 1972, 1982, 1994) e as informações obtidas foram tratadas estatisticamente, por meio da...