Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Zucão, Mariele Ilario |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192540
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Resumo: |
É conhecido que o processo de envelhecimento ocasiona em machos um desequilíbrio hormonal devido à redução gradual da síntese de testosterona pelos testículos, que afeta a maioria dos órgãos sensíveis a hormônios e dentre eles a adrenal, que é responsável pela síntese e secreção de hormônios esteroides como mineralocorticoides, glicocorticoides e andrógenos. Estudos anteriores reconhecem o importante papel da adrenal na regulação do sistema reprodutor e também é conhecido, por meio de estudos com castração, que esta é sensível à redução de andrógenos, no entanto, há pouco entendimento do papel dessa glândula no processo de andropausa e há uma dificuldade em encontrar modelos experimentais representativos, uma vez que há muitas diferenças morfofuncionais entre as adrenais dos roedores e primatas. As adrenais dos gerbilos da Mongólia têm características ultraestruturais peculiares que sugerem uma maior similaridade à dos primatas. Apesar de serem modelos experimentais utilizados em estudos de desregulação endócrina e do sistema reprodutor, há poucos estudos sobre a fisiologia do córtex adrenal dessa espécie. Considerando essa afirmação, esse estudo descreveu pela primeira vez a morfofisiologia da adrenal de gerbilos adultos e durante o envelhecimento, trazendo resultados que demonstram similaridades do córtex adrenal dessa espécie com o humano e de outros primatas, desde a morfologia à expressão de enzimas da biossíntese de cortisol e andrógenos e de receptores de andrógeno e estrógeno. Durante o envelhecimento foi constatada uma hipertrofia do córtex adrenal por meio do aumento do peso relativo e absoluto da glândula, assim como no aumento da espessura das zonas corticais e presença de células proliferativas, evidenciando assim uma possível resposta dessa glândula ao envelhecimento em decorrência do desequilíbrio hormonal. Na análise morfológica foi observada maior quantidade de tecido conjuntivo nos animais de 15meses e um acúmulo de lipofuscina na zona reticular nos grupos de 12 e 15meses, assim como regiões com células hipertróficas com grande quantidade de conteúdo lipídico, características que são sinais de senescência decorrentes do decréscimo do metabolismo celular. Tais resultados levam à conclusão de que nas idades de 12 e 15 meses o córtex adrenal dos gerbilos apresenta sinais de senescência apesar de também demonstrar uma hipertrofia, achados similares aos encontrados em primatas, indicando que essa espécie pode ser um modelo experimental adequado para estudo da adrenal. |