Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Frigeri, Jessica Damares Lago |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214914
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas da rede pública de Araraquara-SP, acerca do defeito de esmalte dentário conhecido como Hipomineralização de Molar e Incisivo (HMI), além de instituir um treinamento para capacitação dos mesmos. A amostra inicial constou de 36 profissionais, que atenderam ás seguintes etapas do “Programa”: Etapa 1 (Introdutória), presencialmente responderam ao questionário para avaliar o nível de conhecimento e experiência clínica em relação a HMI e também ao questionário sociodemográfico. Em seguida, foram submetidos as fases de calibração definindo diagnósticos clínicos de defeitos de esmalte dentário [defeitos de desenvolvimento do esmalte (DDE), fluorose dentária (FD) e HMI], por meio de fotografias (alta resolução). Obtiveram se duas medidas de concordância intra-examinador (no dia inicial e após sete dias). Na Etapa 2 (virtual), os profissionais participaram ativamente de palestras com diversas temáticas envolvendo a HMI. Na etapa 3 (encerramento), participaram da aula de encerramento (n=22) e responderam (n=15) ao questionário sobre percepção quanto ao Programa. Os dados obtidos foram avaliados no software IBM-SPSS v21.0. A associação do conhecimento e experiência clínica da HMI e do índice Kappa com o tempo de trabalho dos profissionais, da percepção dos participantes com o número de módulos, foi verificada pelo Teste Exato de Fisher. O efeito do tempo na mudança da distribuição do índice Kappa entre a primeira e segunda avaliação, foi verificada pelo Teste McNamer (significância de 5%). Um percentual de 69,4 (n=25) de participantes atuavam na rede pública há mais de 15 anos, sendo observado na Etapa 1, que todos os profissionais tinham conhecimento sobre defeitos de esmalte, e que 33 (91,7%) relataram conhecimento prévio sobre HMI. Ao se explorar a associação do tempo de trabalho na rede pública com o conhecimento e experiência clínica da HMI, quanto aos aspectos: diagnóstico etiologia e tratamento, observou-se significância apenas para relação do flúor como um fator etológico, sendo tal resposta mais comum entre os profissionais com menos de 15 anos no serviço (72,7% vs 28,0%; p=0,025). Na segunda etapa do “Programa”, foi notada concordância dos acertos no diagnóstico das imagens, medido pelo Índice Kappa intra-examinador. Na primeira avaliação, 16 (44,4%) participantes apresentaram um índice de concordância moderado e na segunda avaliação, 19 (52,7%). Não foi observada associação do tempo de trabalho com o índice de concordância (p>0,05). Ao comparar duas medidas de avaliação kappa, foi observado que 23 (63,8%) profissionais mantiveram o mesmo índice de concordância, 4 (11,1%) apresentaram classificações negativas e 9 (25%) classificações positivas. Na terceira etapa, relativa a percepção dos participantes, foi possível observar que 73,3% (n=11) dos profissionais se sentiam preparados para diagnosticar essa condição. Dentre estes, havia maior frequência de participantes em mais de 3 módulos (85,7 % vs 62,5%). Tal fato, também foi observado entre aqueles cujo o nível de dificuldade em diferenciar a HMI era pouco (57,1 % vs 50,0%), que se consideravam preparados para reconhecer facilmente a HMI (57,1% vs 50,0%), que se consideravam preparados para esclarecer aos pacientes e familiares os possíveis fatores etiológicos (85,7% vs 75,0%), que se consideravam preparados para definir melhor conduta de tratamento em cada caso (85,7% vs 50,0%) (p>0,05). No que diz respeito aos desafios na prática clínica, a frequência dos profissionais que participaram em mais de 3 módulos era maior apenas em relação a técnica anestésica bem-sucedida (14,3% vs 12,5%) e a reabilitação estética (57,1% vs 37,5%) (p > 0,05). Conclui-se que: a maioria dos participantes já possuíam informações acerca da HMI, mas apresentaram dúvidas quanto ao diagnóstico, à etiologia e ao tratamento; o processo de calibração quanto ao diagnóstico contribuiu para ligeira melhora na concordância intra-examinador; o “Programa” contribuiu para maior segurança do profissional na condução de um paciente com dentes afetados pela HMI, apesar dos desafios pontuais na reabilitação estética, denotando a necessidade de uma atualização continuada e permanente. |