Incidência da hipomineralização molar-incisivo em Araraquara e análise de fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lago, Jéssica Damares [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150547
Resumo: Não existem dados da incidência da Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI) reportados na literatura; o que se observa no contexto epidemiológico são apenas dados de prevalência, que são variáveis no Brasil e no mundo. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência e severidade da Hipomineralização Molar-Incisivo após 5 anos do estudo de prevalência da condição em escolares de 6 a 12 anos da rede pública e privada de Araraquara/SP. Além disso, ao defeito de esmalte foram correlacionados os seguintes fatores: experiência de cárie, defeitos de esmalte na dentição decidua (DDE), fluorose dentária (FD) e perfil socioeconômico. Neste sentido, buscou-se obter um panorama atual da HMI ao longo dos anos, reconhecendo se a mesma regrediu ou se acentuou. No estudo foi realizado levantamento de prevalência da HMI em 545 escolares, por 2 examinadores calibrados. Por meio de exame clínico também foram avaliados outros índices (CPO-D, ceo-d, DDE, FD). Durante o levantamento, um questionário semiestruturado foi enviado aos pais/responsáveis dos escolares, a fim de identificar o perfil socioeconômico. A prevalência de HMI em Araraquara/SP em 2016 foi de 14,3% (n=78). A incidência foi de 2%. O grau de comprometimento leve foi o diagnóstico mais prevalente nos dentes afetados (82%). A média de dentes afetados entre as crianças com HMI foi 2,78 (sem diferença entre os gêneros). Do número total de crianças examinadas com HMI, 32,0% (n=25) apresentaram alterações tanto em primeiros molares, quanto em incisivos permanentes. Cerca de 24,4% das crianças com HMI (n=19) apresentaram experiência de cárie na dentição permanente (CPOD>0), enquanto na dentição decídua este percentual foi de 44,9% (n=35) (p>0.05). Com respeito a relação entre HMI e FD, a maioria das crianças com HMI não apresentavam FD (n=68; 79,5%), demonstrando um fator protetor [p=0.02; OR=2,11 (IC=1,08-4,35)]. Nenhuma associação foi observada para DDE [p=0,36; OR=0,54 (IC=0,14-2,03)], para fatores socioeconômicos (p=0,664; OR=0,88; IC=0,51-1,52) e para renda salarial mensal (p=0,595). Conclui-se que os números de casos de HMI têm aumentado, revelando a maior necessidade de se estabelecer um correto diagnóstico para que seja possível uma intervenção precoce.