Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Araujo Junior, Natanael Pereira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204951
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Resumo: |
Atualmente, a beleza corporal desejada pela maioria das mulheres é a beleza midiática e esta é uma beleza fabricada com a melhor e mais avançada tecnologia disponível no mercado, inclusive, por programas de edição que melhoram a imagem das atrizes e modelos. Percebe-se que a busca por esse imaginário estético se revela frustrante para a maioria das mulheres, pois elas não conseguem reproduzir em seus corpos a beleza que tanto almejam; além do que, esse desejo motiva a adoção de um comportamento consumista irresponsável, podendo colocar a saúde e a beleza em risco. Diante desse quadro social, essa tese se propõe a compreender como as mídias contribuem na promoção de uma formação estética, na qual as preocupações com a beleza corporal não se limitam a um consumo estético pontual, mas podem se transformar em um estilo de vida feminino pautado pelo consumo, pelo sofrimento e, em grande parte, pela decepção frente aos resultados obtidos. De maneira específica, foi tratado o seguinte problema: como o desejo por um corpo midiático pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de um estilo de vida pautado pelo consumo; consumo que faz do corpo uma mercadoria que perde seu valor quando a beleza se esvai. Tendo o corpo magro e jovem como os principais valores desse imaginário midiático de estética corporal, utilizo a boneca Barbie como representante deste imaginário, pois ela possibilita, primeiro, analisar como o anseio por esta beleza midiática pode estar presente em todas as fases da vida da mulher – da infância à velhice; e, segundo, realizar leituras de cada uma dessas fases para compreender como o imaginário midiático de estética corporal se faz presente e assume uma importância vital na construção da rotina das mulheres. Pierre Bourdieu, Theodor W. Adorno, Max Horkheimer, Mikhail Bakhtin, Foucault e Zigmunt Bauman são os principais autores utilizados para a realização das leituras e análises nesta pesquisa. Da qual constato que, o corpo passa a ser reconhecido como uma mercadoria de grande valor em nossa sociedade, pois o capital estético midiático é visto como um capital simbólico de alto valor social. Consequentemente, esta tese demonstra que quem não possuir esse capital estético estará sujeito a um sofrimento decorrente da violência em suas várias formas, com destaque para a violência simbólica. Inclusive, a mulher bela também não estará isenta do sofrimento provocado pela adoção do estilo de vida que visa reproduzir a beleza estética midiática. Isto porque, o cultivo desse capital estético implica em muitas renúncias e investimentos que se apresentam na forma de severas dietas, em rigorosos treinamentos, em caros tratamentos estéticos e na atualização constante do guarda-roupa. Neste processo estético, aponto que a cultura e seu respectivo imaginário deixam de ser motivos de orgulho para a humanidade, pois em vez de promoverem a diversidade, elas promovem a exclusão social de quem não segue suas normas e padrões. |