Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Paulo Cezar Haddad de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250719
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Resumo: |
Introdução: Os novos conhecimentos, principalmente na área da neonatologia, têm aumentado a expectativa de vida dos pacientes encefalopatas, trazendo discussões sobre seus cuidados. Esses pacientes apresentam uma avaliação complicada de seus sinais e sintomas, devido a sua dificuldade de se expressar. Uma das principais consequências da neuropatia é a incoordenação da deglutição e o refluxo patológico que pode estar presente nesse processo. Para tratar essa complicação, a principal alternativa para uma via de alimentação a longo prazo é a gastrostomia, que nos dias atuais, vem sendo feita de forma endoscópica, devido à sua praticidade e baixos níveis de complicações. Antigamente a fundoplicatura, procedimento realizado para evitar o refluxo gastroesofágico, era comumente associada à gastrostomia. Atualmente, a Sociedade Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN) e a Sociedade Norte Americana de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (NASPGHAN) orientam a não realização da fundoplicatura no mesmo tempo cirúrgico. Contudo, na prática o que se observa é que a maioria dos cirurgiões pediátricos brasileiros ainda não adotou essa nova recomendação. Objetivo: Avaliar retrospectivamente o seguimento a longo prazo de pacientes com problemas neurológicos submetidos à gastrostomia endoscópica, sem fundoplicatura associada. Métodos: Análise retrospectiva de 2015 a 2020 de todos os pacientes encefalopatas, atendidos no serviço de Cirurgia Pediátrica da Faculdade de Medicina de Botucatu, entre 0 a 18 anos submetidos à gastrostomia endoscópica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp, que tiveram pelo menos 3 meses de seguimento pós operatório, utilizando prontuário eletrônico em conjunto com questionário via telefone para obtenção de dados. Resultados: 105 pacientes atendiam aos critérios de inclusão. Foi possível o contato através de ligação telefônica com 87 desses pacientes, dos quais 32 não possuíam todos os dados necessários em prontuário, sendo excluídos; três pacientes os pais ou cuidadores optaram por não participar, restando 52 pacientes que possuíam todos os critérios de inclusão e concordaram em participar do estudo. Não houve significância estatística na comparação entre o número de tratamentos de pneumonia e internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) antes da cirurgia e após a gastrostomia, além de não apresentar significância estatística à análise de sintomas relacionados ao refluxo após cirurgia. Conclusão: Corroborando com as recomendações da NASPGHAN e da ESPGHAN, o presente estudo mostrou que não há a necessidade de realizar a fundoplicadura de rotina em conjunto com a gastrostomia. |