Estrutura da comunidade de Serpentes da Região da Fazenda Etá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fiorillo, Bruno Ferreto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/137942
Resumo: Os processos que regulam a riqueza e a composição de espécies em diferentes comunidades têm sido cada vez mais abordados em ecologia e, atualmente, graças a um número razoável de estudos sobre a ecologia e história natural de comunidades de serpentes disponíveis na literatura, tornou-se mais fácil formular hipóteses sobre como esses processos moldaram as comunidades desse grupo. No presente estudo a, localidade da Fazenda Etá (24,30264° S, 47,96106° W), localizada no município de Sete Barras, São Paulo, sudeste do Brasil, foi amostrada entre abril de 2013 e março de 2014, onde nós realizamos amostragens mensais de 2 semanas, utilizando diferentes metodologias que diferiram fortemente quanto à sua eficiência. Nós encontramos 17 espécies de serpentes (4 famílias, 14 gêneros) em campo e uma na segundo a literatura na área de estudo. As informações obtidas em campo permitiram comparar as diferentes fisionomias quanto à composição, riqueza e abundância e quanto ao uso dos recursos pelas espécies de serpentes. Também comparamos a comunidade da Fazenda Etá com outras comunidades de serpentes da Mata Atlântica, quanto à composição e riqueza de espécies. A comunidade apresentou composição e riqueza típicas das baixadas litorâneas do sudeste do Brasil, com diferenças nas abundâncias relativas entre as diferentes fisionomias. Além da clara influência da cobertura vegetal na diversidade de espécies, as variáveis climáticas, especialmente as temperaturas mínimas, tiveram influência em sua atividade. Analisando as características biológicas das espécies que compõem a comunidade em conjunto, ficou evidente que estas são filogeneticamente conservadas e, como em outras comunidades neotropicais, há uma grande sobreposição na utilização de recursos entre as espécies. A comparação entre as comunidades de serpentes ao longo de toda a Mata Atlântica, do sul ao nordeste do Brasil, revelou, no geral, alta diversidade beta e uma clara subdivisão em quatro regiões. Os resultados obtidos aqui têm grande potencial para auxiliar no entendimento dos fatores responsáveis pela estruturação de comunidades de serpentes neotropicais.