Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Zanetti, Camila Aparecida [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154071
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Resumo: |
Hypotrachyna (Parmeliaceae) foi proposto por Hale em 1974 baseado em Parmelia subgênero Parmelia seção Hypotrachyna. Sua circunscrição incluía espécies com ramos sublineares, as vezes alongados e apicalmente subtruncados, apotécios imperfurados e adnatos, raramente subestipitados, rizinas dicotomicamente ramificadas, uniformemente distribuídas na superfície inferior negra. Segundo ele, o córtex superior seria plectenquimático paliçádico com epicórtex porado. Foi apenas cerca de 30 anos depois que Divakar et al. mostraram que Hypotrachyna, como então circunscrito, é polifilético e sugeriram uma detalhada revisão morfológica e anatômica para a reestruturação do gênero. Em 2013 Parmelinopsis, Cetrariastrum e Everniastrum foram reduzidos a subgêneros de Hypotrachyna, mas Parmelinopsis e Hypotrachyna continuaram sendo polifiléticos. Estudos morfológicos recentes têm levantado a possibilidade de que algumas características anatômicas ainda não estudadas, aliadas a uma abordagem minuciosa de outras já consideradas, muito provavelmente forneceriam importante subsídio a um rearranjo na classificação de gêneros e definição de espécies em Parmeliaceae, especialmente Hypotrachyna. Tendo isso em vista foram aqui anatomicamente estudadas 23 espécies de Hypotrachyna s.l., que foram processadas de acordo com o protocolo de Barbosa et al. e adaptado por Zanetti et al., desenvolvidos na UNESP/Botucatu. O córtex superior continua sendo um caráter útil na separação de espécies, apresentando características próprias dentro de um mesmo grupo. A medula e a camada de algas, no entanto, apresentam variações específicas, não sendo bons caracteres para a separação de gêneros. O córtex inferior, por não apresentar grande variação dentro de Parmeliaceae, não é um bom caráter para separar grupos. Foi possível sugerir que a atual delimitação de Hypotrachyna não é monofilética e que da forma como se encontra organizado apresenta grupos de espécies que podem ser separadas em diferentes gêneros, o que pode ser visto aqui baseado principalmente nas características do córtex superior. Em Hypotrachynella, Lyngenella e Vainia (gêneros ainda não publicados), foi possível concluir que as características anatômicas do córtex superior são constantes para cada gênero estudado corroborando com a recente segregação de Hypotrachyna, embora esta característica não tenha sido eficiente para separar sozinha Lyngenella de Vainia, que apresentam características muito parecidas entre si. Para Parmelinopsis, as características anatômicas encontradas são diferentes daquelas vistas em Hypotrachyna s.s. e desta forma, os estudos anatômicos não corroboram com a sua sinonimização em Hypotrachyna. |