Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Puertas, Kelly Cristina Pereira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/142861
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Resumo: |
O presente trabalho de cunho teórico consistiu em estudar os processos psíquicos que subjazem à vocação, àquilo que ‘chama’ o indivíduo a uma ação, no caso mais específico do uso deste termo na esfera do trabalho, aos elementos que conduzem o indivíduo à escolha de uma profissão/ ocupação, mas não uma qualquer dentre tantas e sim aquela que ele entende preencher os requisitos de um papel que foi chamado a cumprir. Com tal meta, nos ancoramos nas teses psicanalíticas freudianas com vistas a descortinar os mecanismos que permeiam o processamento psíquico que redunda no que convencionalmente descrevemos como vocação. Elencamos os conceitos fundamentais de teoria psicanalítica freudiana que, entendemos, encontram-se envolvidos na noção de vocação, quais sejam: a sobredeterminação, a noção de objeto, a escolha do objeto e da neurose, a identificação, o ideal do Eu e o Supereu. Tratamos destes assentamentos teóricos a partir da metapsicologia freudiana, na medida do possível, com vistas a extrairmos o máximo de compreensão do funcionamento do aparato anímico que conduz/produz à emergência da vocação. Assim, discutimos a noção de vocação como um processo psíquico sustentado em aspectos topológicos, dinâmicos e econômicos. A vocação, numa concepção psicanalítica, pode ser entendida como um chamado do Supereu para que o Eu empreenda atividades por meio das quais se possa granjear alguma forma de satisfação, mesmo que paliativa. Essa compreensão de que o indivíduo constitui a vocação, que pode conduzir à escolha profissional, a partir dos elementos que forjam o aparelho psíquico, portanto, as figuras do entorno deste indivíduo desde o princípio da vida, dentre as quais destacamos os entes parentais, é acrescida com as premissas da transmissão psíquica entre gerações. A transgeracionalidade permite-nos vislumbrar o legado deixado para o indivíduo pelas gerações antecessoras, em especial pela constituição de um ideal do Eu familiar que norteará os projetos de vida de cada um dos membros do grupo familiar. Assim, para além de pensar a vocação como uma noção enlaçada ao trâmite entre pai, mãe e filho, estendemos estes determinantes como provenientes dos antepassados que, de geração a geração, promovem projetos de vida a cumprir, balizando inclusive as escolhas profissionais/ocupacionais de modo a propiciar um senso de identidade familiar e o sentimento de pertença que demarca seus membros. |