Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gardinalli Filho, Gildo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/243130
|
Resumo: |
Objetivo: avaliar a associação entre a presença de calcificação vascular mamária (CVM) na mamografia e da doença arterial coronariana (DAC) na angiografia coronária invasiva em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal. Foram incluídas mulheres na pós-menopausa (idade ≥ 45 anos) com DAC, submetidas a procedimento de angiografia coronária invasiva em Hospital Universitário, nível terciário de atendimento, no período de 2012 a 2020 e que apresentassem mamografia digitalizada no sistema eletrônico de prontuários datada de até 6 meses da angiografia. Foram excluídas mulheres submetidas a revascularização miocárdica prévia e com densidade mamária grau D (BI-RADS) ou câncer de mama na mamografia. Todas as mamografias foram reanalisadas sem conhecimento dos dados clínicos das pacientes, quanto a presença ou ausência de CVM. A partir do prontuário eletrônico foram coletados dados clínicos, bioquímicos e resultado da angiografia coronária, analisada de acordo com o número de vasos comprometidos: doença uniarterial; doença de dois vasos; doença multiarterial (≥3 vasos). Para análise estatística foram empregados: Teste t-student, distribuição Gama, teste do Quiquadrado e Regressão logística (odds ratio, OR). Resultados: Entre as 183 mulheres incluídas, 39 (21,3%) apresentaram CVM. As mulheres com CVM eram em média mais velhas e com maior tempo de pósmenopausa quando comparadas as mulheres sem calcificação (68.2 ± 9.6 anos x 59.6 ± 10.0 anos e 19 ± 10.1 anos x 13.5 ± 8.2 anos, respectivamente) (p<.0001). Na associação entre as características clínicas e cardiovasculares foi observada maior 11 ocorrência de tabagismo entre as mulheres com ausência de CVM (p=0.007). Não houve diferença no número de vasos comprometidos na angiografia coronária entre as mulheres com ou sem CVM (p=0.683). Na análise de risco, considerando a CVM como a variável resposta, a idade foi fator de risco (OR 1.19; IC 95% 1.10-1.33, p=0.016) e o tabagismo fator protetor (OR 0.21; IC 95% 0.06-0.69, p=0.010). Na análise de risco ajustado para idade, tempo de menopausa e tabagismo, a CVM não se associou a risco significativo para maior número de vasos comprometidos na angiografia coronária (OR 1.07; IC 95% 0.41-2.76, p=0.609). Conclusão: A presença de calcificação vascular mamária na mamografia digital não se associou à doença arterial coronariana na angiografia coronariana invasiva em mulheres na pós-menopausa. |