Efeitos da suplementação de taurina associada ao treinamento aeróbico intervalado sobre a concentração de irisina, o gasto energético e a composição corporal de mulheres obesas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Miranda, Gabriela Batitucci [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151492
Resumo: Introdução: A irisina é uma miocina secretada pelo músculo esquelético quando estimulado pelo exercício físico e que vem sendo descrita como uma possível ferramenta terapêutica na obesidade por sinalizar o aumento do gasto energético e escurecimento do tecido adiposo branco (TAB). Entretanto, muitos mecanismos de ação dessa molécula ainda permanecem obscuros. A taurina por vias semelhantes à irisina, também está associada a modulações do metabolismo energético com ações promissoras no controle de desordens metabólicas. Dessa forma, acredita-se que a suplementação crônica de taurina associada ao treinamento físico possa otimizar as concentrações de irisina após o exercício. Objetivo: Avaliar os efeitos da suplementação de taurina associada ao treinamento físico aquático intervalado sobre as concentrações plasmáticas de irisina, o gasto energético, composição corporal e aptidão física, em mulheres obesas. Métodos: Participaram do estudo 22 mulheres com idade entre 25 a 45 anos, sedentárias, classificadas com obesidade grau I (IMC ≥30─≤35Kg/m²) e sem comorbidades. Os sujeitos foram submetidos a um treinamento físico aquático intervalado por 8 semanas, sendo 3x/semana e duração de 50 minutos a sessão. Foram suplementados com 3g de taurina ou placebo e divididos em 2 grupos: grupo controle (GC) e grupo taurina (GTAU). As avaliações do consumo alimentar, do Gasto Energético de Repouso (GER) por calorimetria indireta, da composição corporal por óxido de deutério, as medidas antropométricas, análise plasmática de taurina por HPLC, de irisina por Multiplex e variáveis de aptidão física, foram realizadas pré e pós intervenção. Os resultados foram expressos em média e desvio padrão e aplicado o teste de ANOVA two way medidas repetidas modelo misto, com post hoc Sidak, para constatar as diferenças e interações estatísticas (p<0.05). Resultados: Houve manutenção da composição corporal, das medidas antropométricas e do consumo alimentar, enquanto que o GER aumentou após 8 semanas de treinamento físico (p<0.001) independente da suplementação. A carga de treinamento foi igual para ambos os grupos (TRIMP: GC = 253 ± 36 u.a; GTAU = 234 ± 33 u.a; p = 0.225) e variou ao longo da intervenção (Monotonia: GC = 7.22 ± 1.18 e GTAU = 6.84 ± 1.69; p = 0.545). Houve melhora significativa na capacidade aeróbica em ambos os grupos, ao realizarem um teste de esforço máximo (p=0.011). A concentração plasmática de irisina aumentou 60 minutos após o exercício apenas no GTAU (138.85 ± 70.84 pg/mL; p<0.001) e nos demais momentos, basal (91.16 ± 40. 96; p=0.001) e imediatamente (66.26 ± 30.42; p=0.011) após o exercício, houve aumento entre os tempos pré e pós. Conclusão: O presente estudo mostrou que a suplementação crônica de taurina quando associada a um treinamento físico aquático intervalado, possivelmente modula de forma positiva, as concentrações plasmáticas de irisina até 60 minutos após o exercício. Além disso, o treinamento aplicado foi capaz de elevar o GER e promover melhora na aptidão física em mulheres adultas com obesidade.