Papel da irisina na polarização de macrófagos em camundongos submetidos à dieta hiperlipídica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Juliana Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19838
Resumo: Indivíduos que possuem obesidade apresentam um processo inflamatório crônico de baixo grau, com a presença de grande quantidade de macrófagos classicamente ativados (M1) no tecido adiposo. A irisina possui propriedades anti-inflamatórias e anti diabetogênicas podendo agir como imunomodulador de baixo grau. Nosso objetivo foi avaliar os efeitos da irisina na polarização de macrófagos em camundongos submetidos à uma dieta hiperlipídica. Camundongos C57Bl/6 foram divididos randomicamente em grupos controle (C) e com dieta hiperlipídica (HL) e mantidos nas respectivas dietas por 30 semanas. Celúlas derivadas da medula óssea foram extraídas e diferenciadas em macrófagos naive (M0), posteriormente incubados com concentrações de irisina 20 nM, 50 nM, LPS+IFN-γ (indutor de macrófagos M1) ou IL-4 (indutor de macrófagos M2). O fenótipo dos macrófagos foi avaliado por citometria de fluxo através da marcação de CD206 e CD301. A produção de nitrito, espécies reativas de oxigênio (ROS), capacidade fagocítica, viabilidade celular e expressão de arginase-1 também foram analisadas. No grupo C e animais com dieta HL, IL-4 e ambas as doses de irisina foram capazes de aumentar o número de células F480⁺CD206⁺, porém sem alteração do número de células F480⁺CD301⁺ e da expressão de arginase-1. A irisina não foi capaz de induzir a produção de nitrito e ROS e de modular a capacidade de fagocitose e a viabilidade celular. irisina foi capaz de desencadear um perfil semelhante ao macrófago diferenciado em M2 por estímulo de IL4 em animais submetidos à dieta hiperlipídica, sugerindo uma possível ação anti-inflamatória desta citocina, e com perspectiva para um potencial terapêutico no controle da obesidade.