Outono em uma organização: convivendo com as crises

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Mizumoto, Ademar Iwao [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97692
Resumo: O objetivo desta pesquisa consistiu em investigar o sofrimento psíquico do indivíduo em uma empresa em situação de crise, buscando a compreensão das questões subjetivas na construção da relação de trabalho. Foram levados em consideração o trajeto profissional dos sujeitos, gerentes e encarregados, as vivências na situação de crise, a ação desses profissionais no processo de gestão, e finalmente, a questão do sofrimento humano na relação com o trabalho. O referencial teórico fundamentou-se na Psicossociologia, com autores como Dejours (1986, 1992, 1999), Enriquez (2000, 2001), Págés (1987) e Gaulejac (2001). Em termos metodológicos, foram coletados os dados, por meio de entrevistas semi-dirigidas, com gerentes e encarregados de uma empresa de agronegócios do interior do Estado de São Paulo que passava por uma situação de crise. Os resultados apontaram três reações diferenciadas, mas ligadas entre si: uma, em que os gerentes e encarregados continuavam acreditando na possibilidade de sair da crise; a outra, que se acomodaram na situação; e ainda uma terceira, no qual os gerentes e encarregados negavam a situação e buscavam explicações para o fato. A crise provocou um enfraquecimento de todos os funcionários e pôde ser notada na forma como era conduzida a organização. No entanto, no âmbito familiar, os gerentes e encarregados conseguiram encontrar alternativas para as suas questões, abrindo novos espaços para os filhos.