Avaliação da eficiência da paisagem para parques lineares urbanos na Amazônia: um estudo de caso em Rio Branco, Acre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Araújo, Laís Medeiros de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255816
Resumo: As cidades brasileiras vivenciam problemas que se arrastam desde seus surgimentos, como a ocupação de áreas de risco ao longo de corpos hídricos, muitas vezes elementos-chave para sua formação. Na Amazônia, cidades se consolidaram em torno de seus principais rios e possuem em seu tecido urbano uma extensa rede de cursos d’água, muitos deles ocupados por assentamentos precários. Nesse cenário, o poder público no Brasil tem implementado parques lineares ao longo de cursos d’água como uma medida para recuperação das áreas de risco e degradadas pelas ocupações irregulares, reintegrando esses espaços à cidade. No entanto, a presente pesquisa apontou lacunas referentes à qualificação de parques lineares no Brasil, em especial no ambiente amazônico. Tal lacuna limita a elaboração de diretrizes específicas para a gestão dessas áreas. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo desenvolver e aplicar uma abordagem metodológica para avaliar parques lineares amazônicos, com base na análise da paisagem. Um estudo de caso foi desenvolvido no Parque da Maternidade em Rio Branco, estado do Acre, quando foram estabelecidos critérios para a criação de parâmetros que pudessem quantificar e qualificar a relevância do parque para a paisagem urbana da capital acreana, considerando aspectos sociais, culturais e ambientais. Na análise da paisagem a avaliação do parque considerou os meios antrópico, biótico e físico. A estrutura metodológica incluiu visitas de campo e seleção de elementos de destaque da paisagem, mapeamentos aéreos com drone em duas estações distintas do ano – seca e chuvosa, análise de imagens de satélite, pesquisa bibliográfica, levantamento e análise da legislação urbana e ambiental nas esferas municipal, estadual e federal e do projeto urbanístico do parque. A partir da coleta e análise dos dados obtidos, este trabalho estabeleceu parâmetros para avaliação do Parque da Maternidade, o qual foi dividido em recortes a cada 100 metros do curso d’água resultando em 46 polígonos avaliados. Um índice de eficiência da paisagem permitiu estimar a condição ambiental e estrutural do parque de forma espacializada. Os resultados apontaram uma evolução da condição da paisagem do período seco para o chuvoso, quando o índice de eficiência médio variou de 39% a 44% respectivamente. Com base nos resultados dos índices obtidos, foi realizada uma classificação dos polígonos do parque em classes (A, B, C e D). A Classe A apresentou a condição mais favorável do parque e, de forma decrescente, a Classe D a condição mais crítica. A partir dessa avaliação, foram propostas diretrizes para um plano de gestão do Parque da Maternidade, aplicáveis a outros parques lineares urbanos, considerando suas particularidades. Destacam-se diretrizes como ações de educação ambiental junto à comunidade, manutenção das espécies vegetais, monitoramento de fauna e manutenções periódicas em estruturas edificadas.