Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Paschoa, Priscila Pereira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/94182
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta confluências entre as poesias da brasileira Orides Fontela (1940-1998) e da portuguesa Natália Correia (1923-1993), a partir das diferenças de suas específicas linguagens, buscando analisar, no posicionamento lírico, um contraste referente à construção do ser como projeção de sentido do poema, sendo essa projeção entendida como sujeito poético. Se a obra de Orides, aproximando-se do fio condutor do trabalho de João Cabral pela impessoalidade, contenção, busca pela palavra exata e culto a um silêncio esfíngico, constrói um sujeito cognoscente como o resultado do olhar contemplativo da voz lírica, em seu ato de flagrar e registrar as coisas do mundo, transformando a apreensão em conhecimento analítico, a de Natália projeta como sujeito uma afirmação intensa do eu no discurso, em um olhar voltado para a gênese do indivíduo, promovendo, na consubstanciação narcisista da voz com a poeta, uma figura de linguagem necessária tanto para romper com a lógica (o absolutismo racionalista) e com o senso comum em relação a Deus quanto para defender o poeta, a poesia e a urgência de praticá-la valorizando-se o princípio da especificidade da arte, a memória literária em geral. Identificando, por um lado, a fragmentação e a aridez no estilo contido e esfíngico de Orides e, por outro, o enredamento e a força impulsiva de uma feiticeira no tom rebelde da linguagem de Natália, evita-se, desse modo, a tendência usual, em muitos dos estudos comparativos, de busca de analogias assentadas na semelhança. Não se constroem binarismos entre os poemas, mas articulações de modo mais aberto, favorecendo a capacidade de estabelecer relações e, assim, uma visão mais ampla da literatura, em uma aproximação intercontinental liberta das limitações dos estudos centrados em um único espaço. |