Brasil e a Aliança do Pacífico: visões em disputa na integração regional?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gonçalves, Julia de Souza Borba [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181080
Resumo: A Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Peru e México) surgiu como um novo bloco na América Latina em abril de 2011. Foi declarado por seus membros como um processo de integração regional que fomenta – tal como consta no Acordo Marco da Aliança do Pacífico – o regionalismo aberto e a inserção internacional na região Ásia-Pacífico. A partir de então, a ideia de que a Aliança do Pacífico fazia contraste ao Mercosul começou a ser discutida pela Academia, por jornais nacionais e internacionais, e por atores domésticos brasileiros. A princípio, para o Brasil, os impactos da Aliança do Pacífico para o Mercosul foram tratados com certo ceticismo, principalmente por se acreditar que a Aliança do Pacífico poderia aprender com a experiência do Mercosul, até que em 2014 houve uma iniciativa por parte do Brasil de se aproximar do bloco e, atualmente, este tem sido um tema relevante na agenda de política externa. A presente dissertação de mestrado se dedica a compreender tal aproximação a partir da política externa brasileira, focando em como esta percebe e se relaciona com a Aliança do Pacífico no período entre 2011 e 2018. A pesquisa realizada fundamentou-se em metodologia e dados qualitativos a fim de responder a pergunta se a Aliança do Pacífico é conflitante ou complementar à agenda brasileira para a integração regional. Os resultados apresentados elucidam os principais posicionamentos brasileiros em relação à Aliança do Pacífico ao longo do período; como surgiu o debate interno em relação àquela; quais foram os atores domésticos e agências governamentais envolvidas no processo de decisão; quais são as diferenças, e principalmente, quais são as linhas de continuidade de um governo para o outro que sustentam a hipótese de que a Aliança do Pacífico é conflitante com os objetivos brasileiros para a integração regional.