O amar, corpos que se relacionam: uma análise nos discursos sobre as relações amorosas em vídeos no YouTube

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Guilherme Gomes dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204480
Resumo: Existem demandas de pessoas por conhecimento sobre relacionar-se amorosamente, no sentido afetivossexual. Diante delas, informações são disseminadas pelos mais diversos “atores” sociais e meios de comunicação. Entende-se essa conjuntura como Educação Sexual. Assim, questiona-se: qual tipo está sendo promovida? Qual a percepção sobre os corpos e quais os discursos sobre relacionar-se amorosamente? Plataformas na internet, como a do YouTube, são utilizadas diariamente por milhões de pessoas, para disseminar e acessar conteúdos, entre os quais existem os que abordam questões sobre os relacionamentos amorosos, que, de alguma forma, estão educando. Tendo isso em vista, este trabalho teve como objetivo identificar os vídeos informativos mais acessados na plataforma do YouTube, no Brasil, que abordam os relacionamentos amorosos e analisá-los criticamente. Para tal fim, utilizou-se a palavra-chave “relacionamento amoroso”, no mecanismo de busca da própria plataforma. Os vídeos foram filtrados pelo número de visualizações e os três mais visualizados foram selecionados, excluindo-se aqueles que não se encaixavam no critério de vídeos informativos. Para analisar os dados, optou-se pela Análise do Conteúdo, segundo Bardin. Conforme esse processo, os vídeos identificados foram: “Relacionamento sem futuro – Pe. Fábio de Melo”; “As 4 regras para um relacionamento dar certo”; e “Como melhorar/reconstruir meu relacionamento”. As três temáticas de análise resultantes culminaram em: “Uma Educação Sexual emancipatória?”; “Corpos que se relacionam”; e “Discursos sobre relacionar-se amorosamente”. Os resultados da investigação se desdobraram nas percepções de: incompatibilidade de todos os vídeos com uma Educação Sexual emancipatória e falta de atributos que evidenciassem o compromisso com a transformação social; abordagens omissas, restritas, incompletas e negligentes com a diversidade e pluralidade de corpos, seus modos de existência e a trama de variáveis que os configuram; e, discursos educativos diretivos, centrados nos sujeitos, restritos em um tipo de arranjo amoroso, estendendo-se, no máximo, a algumas instruções para manejo de conflitos do casal, negligenciando variáveis de ordem social, bem como abstendo-se de problematizações entendidas como essenciais. Assim, considera-se necessárias produções e atitudes consoantes com os atributos de uma Educação Sexual emancipatória, para espaços de discussão e problematização sobre as relações amorosas consoantes com a diversidade de corpos e a pluralidade nos modos de ser e de relacionar-se.