Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Setin, Monique Fernanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215441
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Resumo: |
Esta dissertação procura contribuir com o estudo sobre ideologias geográficas e cinema. Isso será realizado a partir do conceito de paisagem, que para esta pesquisa significa cena, ou seja, um conjunto de imagens. A relação entre Geografia e cinema se estabelece a partir do processo de renovação da Geografia Cultural, iniciado na década de 1980. Esse campo de estudos analisa a representação do espaço geográfico nos filmes através de imagens e/ou narrativas. O cinema é uma das manifestações da cultura responsáveis por disseminar valores e visões de mundo, contribuindo, dessa forma, para a construção da valorização subjetiva do espaço geográfico, tornando-se fundamental compreendê-las, pois são essas motivações que impulsionam sua produção material. Os intelectuais da Teoria Crítica, em meados do século XX, criaram o conceito de “indústria cultural”, analisando a cultura produzida pelos grandes cartéis dos centros hegemônicos, e perceberam que o conceito tem por objetivo denunciar a padronização das necessidades humanas (consumo, comportamento, subjetividades etc.), de modo a alienar a sociedade capitalista contemporânea. No entanto, opondo-se à indústria cultural, surgem novas vozes e narrativas buscando construir uma “Cultura Nacional Popular” por meio de literatura, música, teatro e cinema, ao longo do século XX. O objetivo da pesquisa é estabelecer um contraponto à abordagem dominante colonizadora e responder à seguinte questão: quais ideologias geográficas podemos extrair do filme O homem que virou suco, de João Batista de Andrade (1980-1981)? Analisamos a obra fílmica buscando encontrar nas paisagens-imagens e nas falas dos personagens as ideologias geográficas. Para a realização desta pesquisa fizemos revisão bibliográfica. Para melhor organizar o filme, dividimo-lo em blocos a partir do deslocamento do personagem principal pela metrópole paulista. As principais ideologias geográficas encontradas foram o discurso de que a dedicação ao trabalho, a responsabilidade perante a família e a disciplina diante das leis são fundamentais para a construção da Nação; há concepção de trabalho enquanto dureza e do artista como vagabundo; há diferenciação entre São Paulo e o Nordeste; a concepção de Norte e Nordeste como se fossem a mesma região; a visão de que o Brasil é moderno e atrasado; e a concepção de que trabalho em São Paulo é dureza e no Nordeste é moleza. As ideias são fundamentais, pois elas se materializam na nossa prática cotidiana. |