Efeito do nível de condicionamento físico nas concentrações de óxido nítrico, atividade da enzima conversora de angiotensina, pressão arterial e a relação do perfil genético em idosos hipertensos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Roberta Fernanda da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215878
Resumo: A hipertensão arterial (HA) possui uma etiologia multifatorial envolvendo fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e psicológicos, e apresenta alta prevalência na população mundial. Nesse sentido, o entendimento dos mecanismos envolvidos na gênese da hipertensão arterial é fundamental para o planejamento de medidas preventivas e terapêuticas visando ao controle da pressão arterial. O óxido nítrico (NO) produzido pelas células endoteliais tem sido considerado um potente vasodilatador, e a enzima conversora de angiotensina (ECA) é uma das principais proteínas do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), estando presente na superfície vascular e possuindo a importante função de vasoconstrição. Ambos os sistemas assumem um importante papel no controle cardiovascular e trabalham na regulação da pressão arterial. Entretanto, as disfunções endoteliais, caracterizadas pela baixa produção e/ou biodisponibilidade do NO, a exacerbação da atividade da ECA e alguns fatores genéticos (polimorfismos) podem contribuir para o surgimento e/ou descontrole da pressão arterial (PA). Contrapondo-se aos efeitos deletérios desses mecanismos supramencionados, o exercício físico é considerado uma das principais ferramentas não farmacológicas para o controle da hipertensão. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito do condicionamento físico (CF) nas concentrações plasmáticas de nitrito (NO2-), atividade da ECA, PA e a relação destas variáveis com os polimorfismos da eNOS e do SRAA. Participaram deste estudo 95 idosos hipertensos de ambos os sexos (65,40±7,48 anos de idade), os quais foram agrupados de acordo com o nível inicial de condicionamento físico (NICF). O diagnóstico genético foi realizado pela técnica de PCR, e as análises de concentrações de NO, atividade da ECA, pressão arterial, a avaliação do CF, entre outras variáveis de controle, foram realizadas antes e após 12 semanas da participação do idoso em um programa de exercício físico. Os resultados mostraram que os idosos hipertensos classificados inicialmente nos níveis de condicionamento físico (NCF) fraco e regular conseguiram melhorar o índice de aptidão funcional geral (IAFG). Os programas de exercício físico não geraram mudanças significativas nas variáveis estudadas para o grupo de NCF fraco, mas identificou-se uma diminuição significativa na atividade da ECA e nos valores de PAS no grupo de NCF regular e um aumento significativo nas concentrações plasmáticas de NO2- e redução nos valores de PAS nos idosos hipertensos com NCF bom. Também foi possível verificar que o treinamento físico gerou melhora em alguns componentes de aptidão funcional quando analisados isoladamente nos grupos de NCF fraco (Coordenação; Força e Agilidade), NCF regular (Coordenação; Flexibilidade; Força e Agilidade) e NCF bom (apenas Agilidade), porém constatou-se que os componentes de aptidão funcional de forma isolada não influenciaram nas variáveis de concentrações plasmáticas de NO2-, na atividade da ECA e nos valores de PA em idosos hipertensos. E em relação à genética, os resultados mostraram que não houve diferença nas concentrações plasmáticas de NO2-, na atividade da ECA e nos valores de PA após a participação em programas de exercício físico de acordo com diferentes níveis de CF e perfis genéticos. Entretanto, foi observada uma associação negativa do genótipo GG do polimorfismo g.894G>T do gene da eNOS com a PAS no modelo de herança dominante e uma associação negativa do genótipo AA do polimorfismo AT1 do gene do SRAA com as respostas da PAD também no modelo de herança dominante. Conclui-se que parece haver uma vantagem nas respostas de NO2-, atividade da ECA e consequentemente nos valores de PAS em idosos hipertensos que possuem NCF regular ou bom, e naqueles em que há influência do polimorfismo g.894G>T do gene da eNOS nas respostas da PAS e do polimorfismo AT1 do gene do SRAA nas respostas da PAD no modelo de herança dominante.