Sensibilidade de biofilmes de Cryptococcus VNI e VGII à Anfotericina B e Maitenina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Benaducci, Tatiane [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216070
Resumo: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii são os patógenos fúngicos mais comumente encontrados em infecções do sistema nervoso central, causando risco de vida por meningoencefalite e seus agentes podem crescer na forma de biofilme. No tratamento desta doença há poucas opções, além da problemática de resistência que pode estar também associada à formação de biofilmes. A procura por novos agentes antifúngicos, com reações adversas reduzidas, é necessária e os produtos naturais e seus derivados podem ser opções no tratamento das principais infecções fúngicas. Os objetivos deste estudo foram analisar isolados ambientais e clínicos de C. neoformans e C. gattii na forma planctônica e de biofilme, por diferentes técnicas de microscopia. Avaliar a sensibilidade a anfotericina B (AMB) e maitenina, molécula gerada a partir da planta Maytenus ilicifolia, bem como determinar a prevenção da formação de biofilmes, com base na análise de redução do 2,3-bis (2metoxi-4-nitro-5-sulfofenil) -5 - [carbonilo (fenilamino)]-2H-tetrazólio-hidróxido (XTT) e na determinação da contagem de unidades formadoras de colônia (UFC). Foi analisada ainda, a virulência dos isolados ambientais e clínicos de C. neoformans e C. gattii, em um modelo alternativo, a Galleria mellonella, e, realizada a quantificação relativa dos genes LAC1, URE1 e CAP59, envolvidos na virulência, pelo método de PCR em tempo real. As atividades metabólicas dos biofilmes de C. neoformans e C. gattii foram reduzidas cerca de 50% após o tratamento com 32,0 mg/L de ambos os antifúngicos, AMB e maitenina, para todos os micro-organismos testados. Por outro lado, as formas planctônicas tiveram concentração inibitória mínima (CIM) entre 0,5-4,0 mg/L de maitenina para os isolados de Cryptococcus spp., e para AMB todos permaneceram na faixa de concentração entre 0,5-1,0 mg/L. As concentrações de maitenina encontradas neste estudo (32,0 mg/L) não foram tóxicas para células de queratinócitos (NOK). Os isolados de C. neoformans e C. gattii que passaram pela formação de biofilme se mostraram mais virulentos que as planctônicas em G. mellonella. Para os genes LAC1 e URE1, C. gattii apresentou níveis mais elevados de expressão (p<0,001) que C. neoformans (p<0,05), sugerindo que C. gattii exibiu fatores de virulência que poderiam contribuir para seu fenótipo de patógeno primário mais virulento e a condição de biofilme poderia contribuir com esse perfil. Desta maneira, nossos resultados contribuem para o melhor entendimento dos agentes da criptococose quanto aos aspectos da interação levedura-hospedeiro-antifúngico.