Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Palaretti, Vanessa Voigt |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154245
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Resumo: |
As doenças fúngicas são as principais causas de perdas na pós-colheita do tomate, e são controladas por manejo cultural e fungicidas aplicados na pré-colheita. O tratamento hiperbárico na pós-colheita é um métodos físico, com potencial uso comercial na redução da deteriorização por fungos. Neste trabalho, a eficiência das pressões hiperbáricas para controlar o desenvolvimento das podridões de Botrytis cinerea e Alternaria sp. in vitro e em tomates ‘Débora’ foram avaliadas, bem como a atividade das enzimas antioxidantes e as relacionadas a defesa do vegetal. Os experimentos foram realizados em um sistema de pressão hiperbárica do Laboratório de Tecnologia Pós-colheita da FCAV-UNESP, Câmpus de Jaboticabal, utilizando as pressões de 100 (controle), 200, 400, 600 e 800 kPa à temperatura de 23±1°C, durante 3 e 6 dias. No ensaio in vitro as placas com os fungos permaneceram nas pressões e depois foram incubadas até que a colônia do controle atingisse a borda. No experimento in vivo, tomates inoculados com os fungos foram mantidos por 3 e 6 dias sob o tratamento nas pressões, com posterior armazenamento por mais 2 e 4 dias em condição de ambiente (23 °C, 50% UR, 100 kPa) para simular a comercialização. Avaliou-se o crescimento micelial, a taxa de germinação dos conídios dos fungos, incidência e severidade das podridões nos frutos, o metabolismo antioxidante (teor de licopeno e polifenóis totais) e a atividade das enzimas relacionadas à defesa dos tomates (peroxidase (POD), fenilalanina-amônia-liase (PAL), β 1,3 glucanase (GLU), superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). As pressões hiperbáricas não apresentaram efeito fungistático sobre os patógenos, entretanto, houve redução no crescimento micelial e na taxa de germinação de B. cinerea após 3 dias na pressão de 800 kPa. As pressões elevadas de 600 e 800 kPa durante 3 dias reduziram a incidência (25%) e a severidade do mofo cinzento (68%), após 4 dias de armazenamento (3+4 dias). Enquanto a incidência e severidade da mancha de Alternaria (Alternaria sp.) não tiveram redução expressiva em ambos os períodos. Na pressão de 800 kPa, os frutos inoculados com B. cinerea e Alternaria sp. apresentaram um retardo no amadurecimento, evidenciado pelo menor conteúdo de licopeno e menor atividade da enzima POD, a qual está relacionada à senescência dos frutos. As pressões elevadas (600 e 800 kPa) promoveram a atividade das enzimas PAL, GLU e CAT dos tomates inoculados de ambos os patógenos por 3 dias, mantendo tendência similar após as condições de ambiente. Os frutos tratados com as pressões elevadas apresentaram incremento no conteúdo de polifenóis totais em relação ao controle, durante os períodos de armazenamento. As pressões não influenciaram a atividade da enzima SOD dos tomates, após os períodos de tratamentos. As pressões hiperbáricas de 600 e 800 kPa foram eficientes na redução de doenças na pós-colheita de tomates e também podem ter induzido a atividade de enzimas envolvidas na resistência às doenças. |