Biopolímero de Fibrina associado a enxerto de osso autólogo para regeneração de calvária em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Creste, Camila Fernanda Zorzella
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181119
Resumo: O Capítulo I apresenta uma revisão bibliográfica, onde foram coletadas informações sobre reparo ósseo e a utilização de biomateriais e osso autólogo. O reparo de defeitos ósseos ainda é considerado um grande desafio clínico, já que nenhum método de reconstrução disponível ou o uso de biomateriais provaram ser completamente eficazes. Além disso, os defeitos neurocraniais ocasionam grande impacto na qualidade de vida dos pacientes, pois o tempo entre o estabelecimento da lesão e o reparo é longo. O reparo do defeito cranial regulariza anomalias encefalográficas, distúrbios de fluxo sanguíneo cerebral, a frequência de episódios epilépticos, além de reduzir o dano psicossocial com a correção estética da lesão. O material mais utilizado para o preenchimento de defeitos pequenos é o enxerto ósseo autólogo retirado da crista ilíaca, costelas ou da própria calvária. Porém, a quantidade necessária para o tratamento de grandes defeitos pode tornar estas fontes inadequadas, além de aumentar os riscos inerentes aos procedimentos cirúrgicos. Nosso objetivo foi avaliar o potencial terapêutico regenerativo do Biopolímero de Fibrina (BF), produzido pelo CEVAP (UNESP – Botucatu, SP, Brasil), isolado ou associado a diferentes percentuais de enxerto ósseo autólogo fragmentado (100%; 50% e 25%) em defeitos críticos (15mm) na calvária de coelhos. No Capítulo II apresentamos um artigo científico, mostrando os resultados e conclusões obtidos a partir do estudo realizado. Foram utilizados 30 coelhos machos e adultos da raça New Zealand, divididos em 05 grupos de tratamento, de acordo com o tipo de preenchimento. Após 56 dias de observação, foi realizada tomografia computadorizada para avaliação da área e perímetro do defeito, área de cobertura do enxerto e densidade óssea do preenchimento, seguida da eutanásia. Não houve diferença estatística entre os grupos com relação à área do defeito. Nas demais análises houve diferença entre grupos específicos. Dentre os grupos com menor percentual de enxerto, o grupo 50% OSSO + BF apresentou a menor mediana de perímetro e maior mediana de área de cobertura do enxerto. A análise histológica quantificou a composição do tecido de preenchimento do defeito. Com relação à formação de tecido ósseo, não foi possível observar diferença estatística significante entre os grupos. Não houve diferença estatística entre os grupos com relação à formação de novos vasos sanguíneos e à quantificação de colágeno por área. A utilização do BF foi bem tolerada, sem efeitos adversos.É possível considerar a utilização de menores quantidades de fragmentos ósseos associados ao BF para a realização de cranioplastia. Considerando também a facilidade de uso e alta integração com o enxerto, o BF permitirá um procedimento mais rápido e menos invasivo para o paciente, reduzindo os riscos e custos, além do uso da menor quantidade de osso autólogo proposta (25%), associado ao BF, poder viabilizar o procedimento para pacientes com áreas doadoras escassas.