Cronoterapia e elevação de decúbito no controle de proteinúria em diabéticos com disautonomia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Guilherme Palhares Aversa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191095
Resumo: INTRODUÇÃO - A doença renal do diabetes (DRD) é uma importante causa de doença renal crônica (DRC), e é a segunda causa de doença renal terminal no Brasil. A hipertensão arterial (HA) constitui fator preponderante para a progressão de proteinúria na DRD. Os pacientes com esta doença apresentam elevada prevalência de alterações do ciclo sono-vigília da pressão arterial (PA), além de poderem apresentar disautonomia. No caso dos pacientes com DRD e disfunção do sistema nervoso autônomo, podem coexistir hipotensão ortostática e hipertensão arterial na posição supina (Hsup). A Hsup quando não controlada pode contribuir para progressão da proteinúria nesse grupo de pacientes. O uso da cronoterapia e da elevação da cabeceira da cama durante o sono são medidas clínicas factíveis de serem aplicadas que podem contribuir para controle da Hsup e da proteinúria nos pacientes com DRD e disautonomia. HIPÓTESE: A cronoterapia e a elevação de decúbito durante o sono podem levar à diminuição de proteinúria em pacientes com DRD, disautonomia e Hsup. OBJETIVO: Avaliar a resposta da proteinúria mediante à utilização de cronoterapia e de elevação de decúbito durante o sono, em pacientes com DRD, disautonomia e Hsup. MÉTODOS: este estudo consiste em uma série de casos, na qual nove pacientes atendidos consecutivamente com DRD, disautonomia e Hsup receberam medidas direcionadas para o controle de Hsup. Essas medidas foram a cronoterapia e a elevação da cabeceira da cama em seis graus durante o sono. Esses pacientes foram comparados com um controle histórico. Foram avaliadas variáveis clínicas e laboratoriais. O comportamento da proteinúria foi o desfecho primário avaliado. RESULTADOS: o grupo intervenção teve queda dos níveis de proteinúria de modo expressivo com as medidas direcionadas para o controle da Hsup, enquanto que no grupo controle houve aumento da proteinúria (índice proteinúria/creatinina urina g/g em amostra isolada do grupo intervenção: 8,80 ± 5,10 inicial para 2,20 ± 2,00 aos 11 meses, variação -6,60 ± 3,90; grupo controle: 3,70 ± 3,30 inicial para 5,40 ± 5,30 aos 11 meses, variação 1,70 ± 7,10), com significância estatística (p=0.008). CONCLUSÃO: as medidas direcionadas para o controle da Hsup, isto é, a cronoterapia e a elevação da cabeceira da cama em seis graus durante o sono, se associaram a queda expressiva da proteinúria nos pacientes do grupo intervenção, portadores de DRD, disautonomia e Hsup. Houve conversão de proteinúrias nefróticas em não nefróticas na maioria desses pacientes. Estudos prospectivos controlados e randomizados poderão determinar a relação de causalidade das medidas instituídas com a melhora de proteinúria nesse grupo de pacientes.