Ressignificando o jogo simbólico em tempos de pandemia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Moraes, Marcela Cristina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234829
Resumo: A psicologia do desenvolvimento atribui ao brincar reconhecida importância na construção da capacidade da representação simbólica. O jogo simbólico, que suscita capacidade de evocar um símbolo e exercitar a personificação no contexto da brincadeira, permite à criança a reelaboração de situações e tentativas de liquidar conflitos, experimentando de maneira livre e sem sanções o que deseja. Este brincar deriva de um processo de construções sucessivas do jogo e suas formas, classificadas de acordo com as estruturas construídas: exercício, símbolo e regra. A ressignificação do brincar, próprio do processo cultural, foi dinamizada pela condição do distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19, que alterou as concepções de espaços, relações e de ensino. Mediante o exposto, nessa pesquisa que fez parte das investigações do GEADEC, pretendeu-se analisar as concepções e estruturação do jogo simbólico por professores de redes públicas e particulares de ensino no contexto de educação remota. Para tanto, utilizamos o método clínico, com entrevista semiestruturada realizada com 24 professores de grupos de crianças que frequentam a educação infantil em cidades sul-mineiras. Pretendeu-se, assim, investigar a caracterização e desenvolvimento da temática no ensino não-presencial, identificando possíveis semelhanças e distinções na concepção e abordagem nestas redes de ensino. Os principais resultados indicam que os docentes ainda não compreendem e/ou identificam o jogo simbólico de acordo com o conceito piagetiano, e que o mesmo foi pouco solicitado durante o ensino remoto. Não encontramos diferenciações relevantes entre as redes públicas e particulares de ensino quanto à temática. Espera-se contribuir para a área, promovendo reflexões que suscitem debates no meio acadêmico e quanto à prática pedagógica do ensino não-presencial sobre a importância do jogo simbólico.