Estudo da ocorrência de atitudes discriminatórias na assistência à saúde de pessoas com HIV/AIDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lelis, Ricardo Takeda [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95417
Resumo: Objetivou-se verificar e analisar a ocorrência de atitudes discriminatórias de profissionais de saúde na assistência à saúde de pessoas com HIV/AIDS. Trata-se de uma pesquisa quantiqualitativa com a participação de 68 pessoas com HIV/AIDS provenientes de quatro ONGs/AIDS dos seguintes municípios: Araçatuba-SP, Birigui-SP, Dourados-MS e Uberlândia- MG. Os participantes da pesquisa, após consentimento livre e esclarecido, responderam a questionários auto-administrados contendo perguntas abertas e fechadas abrangendo o tema proposto. Posteriormente, realizaram-se entrevistas semi-estruturadas individuais com 19 indivíduos que haviam vivenciado situações discriminatórias praticadas por profissionais de saúde. Para a análise dos resultados, utilizou-se o programa Epi-info, versão 6.04 (dados quantitativos) e a análise de conteúdo (dados qualitativos). Dentre os 68 participantes da pesquisa, 41,2% afirmaram terem sido discriminados por profissionais de saúde, dos quais 78,6% foram discriminados no serviço público de saúde. Dentre as situações discriminatórias vivenciadas pelos portadores do HIV, em 34,2% estavam envolvidos os profissionais de enfermagem, em 34,2% os cirurgiões-dentistas e em 31,6% os médicos. Por meio dos relatos foi possível observar que as atitudes discriminatórias ocorreram através do atendimento diferenciado, recusa de tratamento ou utilização de medidas extras de biossegurança, tendo ocorrido inclusive em instituições de ensino superior na área da saúde. É necessária a adoção de estratégias para combater a ocorrência de tais atos visando-se a humanização na assistência a saúde de pessoas com HIV/AIDS e a melhoria na qualidade de vida desses pacientes.