Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Canali, Maria Carolina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150198
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Resumo: |
As formigas cortadeiras, gêneros Atta e Acromyrmex, mantêm uma associação mutualística com o basidiomiceto Leucoagaricus gongylophorus, cultivado para alimento, o qual é responsável pela produção de enzimas despolimerases que degradam o material vegetal transportado para o interior dos ninhos. Devido a enorme quantidade de material vegetal que as formigas necessitam cortar, estas são consideradas pragas, principalmente em locais alterados por atividades antrópicas, como áreas de agricultura e reflorestamento. Frente à necessidade de manejo das formigas cortadeiras, o controle biológico representa um método ambientalmente amigável e promissor. Vários estudos relatam o potencial dos fungos entomopatogênicos no biocontrole de insetos. Contudo, os insetos sociais, como as formigas cortadeiras, possuem eficientes mecanismos de defesa do sauveiro, e para estas, até o momento, não há um método de biocontrole satisfatório. Desta maneira, buscamos explorar o potencial patogênico de diversos fungos filamentosos isolados a partir do cadáver de rainhas jovens de Atta sexdens rubropilosa. Após isolamento, caracterização e identificação molecular, os fungos foram testados quanto a sua patogenicidade em diferentes escalas, desde operárias isoladas do sauveiro, passando pelas subcolônias até chegar às colônias completas. A combinação de dois fungos entomopatogênicos mostrou-se particularmente promissora, principalmente as compostas por Beauveria bassiana (ENT13) com Aspergillus nomius (ENT22) e B. bassiana (ENT13) com Isaria farinosa (ENT02). Adicionalmente, utilizando ensaios de antagonismo “in vitro” verificamos, através de microscopia eletrônica de varredura, como ocorre a interação dos fungos entomopatogênicos com o fungo mutualista. Os resultados indicaram que as linhagens de A. nomius (ENT22) e Purpureocillium lilacinum (ENT19), além de mortais para as operárias, causaram a degradação de estruturas (hifas e gongilídeos) do L. gongylophorus. Os fungos entomopatogênicos também foram avaliados quanto à interação com o micoparasita especializado Escovopsis. O perfil de compostos orgânicos voláteis (VOC’s) secretados aos sete e 14 dias de crescimento das culturas individuais de B. bassiana (ENT13), I. farinosa (ENT02) e Escovopsis sp. (ESC2), bem como dos co-cultivos entre entomopatógenos e micoparasita foram estudados através de análises de GC/MS. Observamos que o micoparasita interage com os entomopatógenos B. bassiana (ENT13) e I. farinosa (ENT02) através dos VOC’s, cujo significado precisa ser melhor estudado. |