Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Martín Bedoya, José Gregorio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181141
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Resumo: |
A celulose bacteriana (CB) é sintetizada por vários tipos de bactérias, com maior eficiência pela Gluconacetobacter xylinus. A CB é um biomaterial que têm uma estrutura de rede de nano fibras tridimensional com propriedades como biocompatibilidade, não toxicidade, estabilidade mecânica e alto teor de umidade, que a torna promissora para diversas aplicações, sendo que na engenharia de tecidos sua multifuncionalidade abrange a substituição temporária de tecido epitelial em casos de queimaduras, úlceras, lesões, carreador de fármacos, dentre outros propósitos. Apesar da CB apresentar potencial para ser utilizado como curativo, faz-se necessário a realização de modificações de sua superfície, com a incorporação de moléculas de adesão celular, para ajustar as deficiências da CB nativa, a fim de melhorar a adesão, migração, proliferação e diferenciação celular, tornando-se promissora para aplicações biomédicas. Deste modo, este trabalho objetivou desenvolver um curativo à base de CB contendo peptídeo promotor de adesão celular RGD (Arginina-Glicina-Ácido aspártico), sequência encontrada em várias proteínas da matriz extracelular (MEC), e avaliar in vitro sua viabilidade e proliferação de fibroblastos, com a finalidade de aplicação em regeneração tecidual de pele. O peptídeo RGD utilizado (JGB2) foi escolhido por meio de estudos computacionais, sendo sintetizado pelo método da fase sólida (estratégia Fmoc), purificado por CLAE e caracterizado por espectrometria de massas. Membranas de CB foram produzidas por G. xylinuns, purificadas e funcionalizadas pela esterificação de dois resíduos de lisina, para incorporação do peptídeo JGB2. Diferentes amostras da CB foram caracterizadas a partir de análises de liberação prolongada do peptídeo JGB2, medidas de ângulo de contato, resistência à tração, análises de microscopia eletrônica de varredura (MEV-FEG), difração de raios-X (DRX) e espectroscopia de absorção na região de infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR). Os resultados obtidos mostraram que a funcionalização da membrana com lisina não resultou em alterações significativas na estrutura e morfologia nas membranas. Comparativamente à CB pura, a funcionalização da CB, aumentou a quantidade de peptídeo adsorvido e quadruplicou o tempo de liberação do peptídeo da membrana, características desejáveis para aplicação em processos de regeneração tecidual. Também foi possível constatar que a membrana funcionalizada com o aminoácido lisina contendo o peptídeo JGB2, apresentou desempenho superior nos ensaios in vitro de citotoxicidade, e, por conseguinte, possui grande potencial para ser estudada mais detalhadamente e eventualmente ser aplicada como biomaterial na reparação tecidual de pele. |