Políticas educacionais de avaliações externas e em larga escala no estado de Goiás: limites e possibilidades para qualificação da educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Queiroz, Welcianne Iris de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255312
https://orcid.org/0000-0002-1453-3487
Resumo: A tese em tela, inscrita na linha de pesquisa Formação dos Profissionais da Educação, Políticas Educativas e Escola Pública, da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/Presidente Prudente, integra a pesquisa do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais e Práticas Educativas (GEPPOPE/UNESP/Marília), intitulada “Monitoramento e Avaliação da implementação dos Planos Decenais de Educação: repercussões das políticas e práticas educacionais. Tem por objetivo precípuo analisar como as Coordenações Regionais de Educação da região sudoeste do Estado de Goiás e as escolas que estão sob sua jurisdição usam os resultados das Avaliações Externas e em Larga Escala para formular e implementar ações que visam melhorar a qualidade da educação ofertada aos estudantes dessa região. Guia-se, portanto, pelo seguinte problema: como essas Coordenações e as escolas a elas subordinadas têm usado os resultados gerados pelas Avaliações Externas e em Larga Escala, para implementar ações pedagógicas, com vistas à melhoria da qualidade do ensino de matemática no Ensino Médio? Como fundamentação teórica, recorre-se aos autores: Afonso (2001, 2007, 2009 e 2012), Bauer (2017), Bauer; Alavarse; Oliveira (2015), Freitas (2013, 2016, 2018), Freitas et.al. (2009) entre outros. Elege o Ciclo de Políticas como método de análise teórico-metodológico das Políticas Educacionais. De abordagem qualitativa, recorre à pesquisa documental e pesquisa de campo. A coleta de dados empíricos foi consolidada por meio da realização de entrevistas semiestruturadas às coordenadoras regionais, gestores escolares e professores de matemática do Ensino Médio das escolas-campo. Os dados constituídos foram analisados por meio da técnica dos Núcleos de Significação, amparados em Aguiar e Ozella (2006, 2013) e Aguiar, Soares e Machado (2015a; 2015b). A análise dos dados revelou que os resultados das AELEs são têm sido usados como meio de controle e regulação das escolas e professores, por meio de uma cultura performática os têm submetido a pressões cada vez mais acirradas em busca do aumento dos índices, induzindo a fraudes e mascaramento dos dados para atingir metas inalcançáveis. A responsabilização verticalizada e a intensificação do trabalho têm impactado a saúde dos profissionais, alienado sua prática e reduzido seu espaço para criar. As ações executadas pelas escolas são elaboradas em sua maioria pela Seduc e pelos parceiros públicos-privados. A ausência de protagonismo e de autonomia sobre a concepção do fazer docente, têm tido um efeito contrário ao que o discurso oficial tem propalado, promovendo uma desqualificação da educação.