Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Dinhane, Fernanda Christiane Rossetto [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136308
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Resumo: |
A matéria-prima utilizada pelas indústrias de painéis é a madeira de reflorestamento, sendo de diversas espécies. Visando o aproveitamento dos resíduos agroindustriais e a melhora no desempenho físico-mecânico dos painéis, a utilização de outros materiais como o bagaço de cana, o sisal, a casca de café e a fibra de coco são algumas alternativas. Além destes materiais, o bambu destaca-se pela sua alta produtividade e pela menor quantidade de área plantada quando comparada com outras culturas, como o Eucalipto. Números que representam a quantidade de resíduos gerados, no caso da fibra de coco no Brasil são de aproximadamente 3,7 mil toneladas considerando que um fruto pesa dois quilogramas, no ano de 2014. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades físicas e mecânicas de painéis MDP (Medium Density Particleboard), fabricado com três camadas, constituídos de fibra de coco e partículas de bambu, com variações nas porcentagens utilizadas de fibra de coco na camada interna do painel. Para a fabricação dos painéis utilizou-se partículas retidas em peneiramento com peneiras de 9 mesh, 16 mesh, 35 mesh e 60 mesh. Através do processamento mecânico dos materiais e da adição de adesivo poliuretano bi-componente à base de óleo de mamona foram confeccionado painéis de bambu com fibra de coco. Painéis estes constituídos de duas camadas externas de bambu e a camada interna de fibra de coco mais bambu. Em termos de porcentagem de material utilizado em um painel, 60 % representa a parte interna e o restante corresponde à parte externa, 20 % acima e 20 % abaixo da camada interna. Sendo que, as variações das porcentagens de fibra de coco na camada interna foram de 0% para o Tratamento 0-100, 10% para o Tratamento 10-90, 20% para o Tratamento 20-80 e 30% para o Tratamento 30-70. Para cada tratamento foram realizados cinco repetições, totalizando 20 painéis produzidos. As normas utilizadas como referência para avaliação físico-mecânica foram NBR 14810-2 (2013), ANSI A208.1 (1999) e CS 236-66 (1968), avaliando as propriedades físicas e mecânicas. Foram determinados o teor de umidade, densidade, inchamento em espessura 24 horas, absorção de água 24 horas, resistência à flexão estática e módulo de elasticidade, resistência à tração perpendicular e arrancamento de parafuso no topo e na superfície. O tratamento 0-100 obteve os maiores valores médios de resistência. Atendeu as especificações das três normas, exceto a CS 236-66 (1968) para o MOE. Com o objetivo da utilização da fibra de coco, o tratamento 30-70 foi o tratamento que dentre os três (tratamentos 10-90, 20-80 e 30-70) obteve os maiores valores médios de resistência, viabilizando assim o uso da fibra de coco com o bambu, para a produção de móveis e de painéis de revestimento térmico acústico que necessitam de valores mínimos de resistência. |