Composição, estrutura, diversidade e dinâmica de uma comunidade de lianas em um fragmento de cerradão no sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fernandes, Lívia Maysa do Amaral Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234722
Resumo: As lianas são plantas características das florestas tropicais e desempenham papéis importantes nas comunidades vegetais, atuando na dinâmica e regeneração florestal, assim como na manutenção da diversidade taxonômica. O monitoramento de comunidades de lianas em parcelas permanentes requer estudos de observação e experimentação. Nossos objetivos consistiram em avaliar as alterações ocorridas na composição, estrutura, diversidade e dinâmica de uma comunidade de lianas em um fragmento de cerradão protegido de distúrbios antrópicos há décadas. Desenvolvemos a pesquisa na Gleba II do Refúgio de Vida Silvestre Aimorés, pertencente ao Mosaico de Unidades de Conservação do Cerrado Paulista, na região centro - oeste do estado de São Paulo, no sudeste do Brasil. Realizamos o levantamento em 50 parcelas permanentes de 10 m x 10 m , totalizando 0,5 ha. Utilizamos como critério de inclusão, todos os indivíduos de lianas com diâmetro do caule à altura do solo (DAS) ≥1 cm. O primeiro levantamento na área de estudo foi realizado de agosto de 2002 a novembro de 2006, compondo um banco de dados que utilizamos para comparar com o segundo levantamento, que realizamos de setembro de 2020 a julho de 2021. Constatamos que houve mudanças na comunidade de lianas após 15 anos. No primeiro levantamento, amostramos 550 indivíduos e no segundo levantamento, 870 indivíduos, indicando um aumento na abundância de lianas na comunidade. Embora três espécies tenham sido incluídas no segundo levantamento, Anemopaegma chamberlanii, Stizophyllum perforatum e Anchietea pyrifolia, dez espécies não foram incluídas no segundo levantamento, indicando uma redução na diversidade de espécies da comunidade de lianas. Constatamos que Bignoniaceae, Apocynaceae e Malpighiaceae foram as famílias que apresentaram maior riqueza específica. Na análise fitossociológica, verificamos que duas espécies, Banisteriopsis anisandra e Serjania lethalis, as mais importantes no primeiro levantamento foram as mesmas no segundo levantamento, e que junto com Forsteronia glabrescens constituem as espécies mais abundantes na comunidade, i.e., a s espécies - núcleo. Observamos o predomínio de lianas de menor diâmetro e uma dinâmica florestal lenta, quando analisamos as taxas de dinâmica, indicando uma comunidade instável.