Olhares dos discentes sobre a avaliação da aprendizagem em um curso de graduação em Ciências Biológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nakamura, Henrique Kendi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/166374
Resumo: O tema da avaliação educacional tem sido um campo de disputa por diferentes setores da sociedade e tem assumido uma centralidade cada vez maior nas decisões e encaminhamentos das políticas públicas. Ao nível da aprendizagem, a consolidação de uma perspectiva alternativa àquelas ditas tradicionais, marcadas pelo uso de provas e notas para fins de classificação, ainda configura-se como um desafio seja na escola ou na Universidade nos cursos de formação de professores e de bacharéis. Este estudo buscou compreender, a partir da ótica discente, a avaliação da aprendizagem no ensino superior tendo como locus o Curso de Graduação em Ciências Biológicas, Campus de UNESP Rio Claro. Desenvolveu-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, utilizando da análise de conteúdo em questionários e entrevistas realizados com alunos desse curso, e da análise documental nos Planos de Ensino de disciplinas desse curso, no Projeto Político Pedagógico (PPP) e documentos oficiais que organizam essa Universidade. A análise dos dados indicou que a “nota” ainda é um dos elementos centrais da avaliação na vida universitária discente e o comportamento do aluno influencia diretamente a produção dessa nota, entretanto, essa “nota” nem sempre é representativa de aprendizado. Ainda, a concepção de ensino revelada pela prática avaliativa tem sido predominantemente a tradicional, resguardando também um viés positivista sobre a concepção de conhecimento. Outro aspecto a ser notado é a carência de qualquer perspectiva de ensino, aprendizagem e avaliação no PPP, que dificulta a construção de espaços colaborativos e coletivos com propósitos reflexivos e formativos. Destaca-se que o caminho desejado por nós é contrário à política de responsabilização de docentes ou alunos pelo “insucesso” dos processos de ensino, aprendizagem e avaliação, bem como da lógica de mercado imposta a todos os atores da Universidade.