Inclusão escolar para alunos cegos: acessibilidade ao conceito de Substância em um livro didático de Química em formato Daisy

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Silva, Larissa Vendramini da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: MECDaisy; Ensino de Química; Deficiência visual; Inclusão escolar; Chemistry teaching; Visual impairment; School inclusion
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182829

O foco desta dissertação é a interação de um aluno cego com livro didático em formato Daisy fornecido a alunos com deficiência visual da rede pública de ensino. A partir disso, buscamos analisar as potencialidades da audiodescrição de um livro didático de Química na abordagem dos conceitos de substância simples e composta. O estudo foi desenvolvido com base na pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. O contexto da investigação se deu na sala de recursos de uma escola estadual de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Os instrumentos de coleta de dados foram: notas de campo da primeira visita até a escola, questionário aplicado à professora que atua na sala de recursos, roteiro preparado para a leitura do livro didático analisado e entrevista com um aluno cego matriculado do Ensino Médio da escola supracitada. Os dados foram analisados de maneira descritiva e usando aportes teóricos da análise semiótica. As análises buscavam entender o acesso do conceito abordado pelo livro, assim como a relação modelo-conceito usada na abordagem do recorte escolhido para a presente pesquisa. Para isso, usamos as estruturas da linguagem propostas por Camargo (2012) e a relação signo-objeto proposta por Santaella (2007). As análises nos mostraram que o material analisado veicula os conceitos selecionados nesta pesquisa de forma satisfatória, usando uma estrutura empírica e semântico-sensorial adequada para o conceito abordado. Entretanto, as dificuldades encontradas pelo estudante na leitura do material aconteceu por falta de repertório simbólico, que é fornecido pelo professor. Portanto, defendemos em nosso trabalho que o professor desempenha papel fundamental na apropriação cultural erudita pelos estudantes. Assim, por meio dessa apropriação, os alunos terão autonomia para a leitura dos livros didáticos a eles fornecidos.