Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Leonardo de Oliveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236500
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Resumo: |
O objetivo desta tese é analisar as trajetórias dos migrantes maranhenses para Parauapebas/PA, no sudeste do Pará, e o seu processo de ocupação da cidade, considerando a moderna mineração desenvolvida no município através do Projeto Ferro Carajás como vetor de atração. A partir das trajetórias de maranhenses que ancoraram nas imediações do empreendimento, em busca de oportunidades geradas pela mineração, se formou o primeiro núcleo urbano da cidade, denominado de Vila Rio Verde, na década de 1980, período em que ainda estava localizado nos limites do município de Marabá. Portanto, busco compreender o papel dos maranhenses na formação da cidade, a partir de espaços precários ocupados por estes migrantes, assim como a forma como se deu sua ancoragem no território. A hipótese constitui-se de que Parauapebas surgiu das margens urbanas ocupadas pelo migrante maranhense, mão de obra que não se fez provisória, mas permanente, que em um processo de povoamento, passou a reivindicar o seu lugar, contribuindo, assim, para a criação de um novo município no sudeste do Pará, em um movimento contínuo do direito à cidade enquanto direito de estar ali e de ali levar uma vida urbana. Neste sentido, a metodologia empregada consistiu numa abordagem das migrações internas no contexto das expansão econômica para a Amazônia e na perspectiva da Antropologia Urbana quanto aos conceitos de “Invasão”, “Ocupação” e Instalação” de Michel Agier ao interpretar os movimentos e fluxos migratórios que fazem a cidade. As técnicas usadas foram entrevistas, conversas informais, escuta das histórias de vida, levantamento bibliográfico e fotográfico. Também foram usadas informações estatísticas de órgãos oficiais e estudos locais para contextualizar Parauapebas em suas características socioeconômicas e demográficas. Desse modo, pudemos ter uma compreensão da dinâmica de uma cidade mineradora, ao mesmo tempo em que, pelos ombros de nossos interlocutores, analisamos o processo de fazer-cidade considerando os maranhenses, seus deslocamentos e ocupação da cidade. |