Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Monilson dos Santos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/115853
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Resumo: |
O que é o Nego Fugido? Responder essa questão parece impossível. Como falar de algo tangível, corpóreo, que as palavras não conseguem dimensionar? Para isso, decidi ouvir a voz do corpo e dos fantasmas. A palavra, nesta pesquisa, é vista da perspectiva artaudiana ? toma uma dimensão material, ela é gesto e ato. Nessa pesquisa, o Nego Fugido é visto por sobre os ombros daqueles que fazem a manifestação, mas, também, há um olhar que se dirige às margens, ao assombroso, às notas de rodapé. Um olhar desconfiado, atento ao que escapa às palavras, atento aos elementos subjetivos. Aqui, os estudos sobre teatro, antropologia e performance estão em estreita relação com minhas vivências como participante do Nego Fugido a fim de constituir um corpo documental que possibilite gerar significativas reflexões sobre a manifestação. No entanto, não busco os gestos e detalhes de comportamento para revelar o modelo. Meu olhar dirige-se justamente ao que escapa ao modelo, àquilo que o modelo tende a ocultar. Não se engane! Esse não é o olhar da verdade absoluta, é apenas um olhar, uma visão de dentro que possibilita, também, escapar reflexões mais direcionadas, fragmentadas e distanciadas pelos antolhos. Com isso quero dizer que esta dissertação não basta para responder minhas inquietações sobre o Nego Fugido. Estou ansioso para ser assombrado, mais uma vez, na próxima aparição da manifestação. O Nego Fugido explicado é uma abominação. Experimentá-lo em vez de falar sobre ele, eis a que estou condenado |