Estudo da reconstrução em ponte de fraturas com linhas de alto "strain" de tíbia de cães utilizando a técnica MIPO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Alcântara, Brenda Mendonça de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194285
Resumo: O sucesso no tratamento das fraturas de ossos longos envolve a combinação de fatores mecânicos, biológicos e clínicos. Conceitualmente, fraturas de traço simples, consideradas de alto “strain”, são classicamente tratadas por meio de reconstrução anatômica e fixação rígida, a qual, invariavelmente, envolve a redução aberta. O presente estudo clínico teve como objetivo avaliar a fixação em ponte, por meio da abordagem minimamente invasiva com placa (MIPO), de fraturas tibiais simples. Vinte e nove cães de raças variadas, machos e fêmeas, com idade entre dois meses e 15 anos (2,5 ± 3,8 anos) e massa corporal média de 14,3 kg ± 10,9, apresentando fratura completa simples de tíbia, foram incluídos. Todos os pacientes foram submetidos à fixação cirúrgica em ponte, por meio da MIPO, sem uso de intensificadores de imagem. O resultado clínico foi classificado a partir da deambulação de cada animal ao final do tratamento. Os exames radiográficos foram realizados nos períodos pré-operatório, pós-operatório imediato e aos 15, 30, 60, 90 e 120 dias, ou até o momento de união clínica. Foram analisados alinhamento e aposição dos fragmentos ósseos, caraterísticas do aparato de fixação óssea e atividade de consolidação óssea. Clinicamente, ao final do tratamento, apenas um paciente apresentava claudicação ao trote; nos demais a claudicação era visivelmente ausente, tanto ao passo quanto ao trote. O ângulo de platô tibial (TPA) (19,74o ± 5,56o) e o ângulo mecânico caudal proximal da tíbia (mCaPTA) (70,26o ± 5,56o) apresentaram valores diferentes (p<0,05) dos relatados na literatura. A mediana para o escore de aposição foi 1 (aceitável). A relação placa em ponte (comprimento da placa em relação ao comprimento do osso), comprimento de trabalho da placa e densidade de parafusos da placa foram respectivamente 0,8; 0,57 e 0,48. A mediana para união clínica foi 30 dias. Conclui-se que a abordagem cirúrgica em ponte, por meio da MIPO, proporciona resultados satisfatórios no reparo de fraturas simples não articulares, no entanto, é preciso ter cautela em relação ao alinhamento e à aposição de fragmentos.