As representações da morte e do morrer na obra de Caio Fernando Abreu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Jesus, André Luiz Gomes de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94177
Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de investigar as representações da morte e do morrer na obra de Caio Fernando Abreu (1948-1996). A morte e o morrer são temas recorrentes que figuram tanto como tema principal quanto motivo que reivindica um espaço importante na obra do escritor. Para tal investigação, partimos da concepção, defendida por Walter Benjamin (1975), de que a literatura contemporânea estabelece uma relação com a temporalidade e a morte, relação esta que se faz presente por meio do olhar alegórico e fragmentário e procura representar, no texto literário, o indizível que é a própria experiência de morte (GAGNEBIN, 1994). Nosso olhar se dirigiu, também, para os modos de construção das representações da morte: a mobilização das figuras de linguagem e as escolhas sintáticolexicais são elementos importantes para a constituição de um inventário de como a morte e o morrer aparecem na produção ficcional do escritor. A memória, o testemunho, o aprisionamento nas lembranças traumáticas e a consciência da transitoriedade e consequente arruinamento dos objetos e pessoas são alguns dos modos de morte presentes na obra de Abreu. Para este trabalho analisamos um conjunto de cinco contos e, também, o romance Onde andará Dulce Veiga? (1990), texto no qual a consciência da morte traz uma reflexão sobre a valorização da vida.