Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Marques, Nara Eliza [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192553
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Resumo: |
O final do século XIX e o começo do século XX é um período de intensa e diversa produção cultural decorrente das sucessivas mudanças que aconteciam não só no Brasil, mas em todo o mundo. Havia um processo de construção e afirmação de identidades e de reconstrução de hierarquias sociais que haviam ruído com a abolição do escravismo. Muitos desses movimentos culturais, principalmente os de agência de negros libertos, sofreram sucessivas tentativas de apagamento por terem caráter popular, ou seja, não se enquadrarem em um modelo europeu-ocidental reformador de costumes. É de um desses movimentos, mais especificamente de uma figura atuante na cena cultural do início do século XX que essa pesquisa irá erguer a voz. O nome artístico dele era De Chocolat, fundador da primeira companhia de teatro do Brasil composta apenas por negros, a Companhia Negra de Revista. Ele produz um teatro com uma importante função social. Utiliza-se de ferramentas populares como a música, a oralidade, a dança, os improvisos, os chistes, as anedotas para fazer críticas à sociedade da época. Essa dissertação terá como elemento central o fac-símile da primeira peça encenada por De Chocolat e sua companhia, intitulada “Tudo Preto”. É através desse material que será visto, que assim como um griot africano – que são intermediadores sociais e guardadores das histórias de seu povo – De Chocolat usará as populares Revistas Teatrais para contar a história da construção da identidade negra no Brasil tangenciando assuntos como a mulher negra, o racismo, religiosidade, brasilidade, comunidades, relações interraciais, classes sociais etc. De Chocolat usa sua arte (e sua vida também, pois elas não se diferenciam) para dialogar com quem ele realmente gostaria de dialogar e contar aos negros recém-libertos e às classes baixas as lutas que teriam de travar. |