Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mota, Jones Oliveira |
Orientador(a): |
Costa, Eliene Benício Amâncio |
Banca de defesa: |
Gallo, Fabio Dal,
Monteiro, Neyde de Castro Veneziano,
Muniz, Mariana de Lima e,
Rocha, Marlúcia Mendes da |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Teatro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33294
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Resumo: |
[PT] Este estudo tem por objetivo consolidar a pesquisa do Teatro de Revista Contemporâneo e suas interfaces com os ensinos formal e não-formal de teatro iniciada em 2011 na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. Por meio da releitura crítica de determinados aspectos da história do gênero revisteiro, numa análise inspirada pelo pensamento de(s)colonial, articula maneiras de expurgar da Revista os seus resquícios coloniais e opressores para que as suas conformações mais recentes possam usufruir do seu caráter subversivo e transgressor com consciência política. A abordagem teórica da História pressupõe os pontos de vista dos “perdedores”, na tentativa de localizar a prática atual deste Teatro para além do luxo, do entretenimento estandardizado e dos limites geográficos do eixo Rio-São Paulo. Nesse sentido, um dos diferenciais desta pesquisa está na compreensão e no usufruto das tradições como trampolins de experimentação, criação e produção de encenações contemporâneas. Para tanto, foi necessária uma vasta pesquisa documental em meio virtual para catalogar as produções teatrais que se autointitulavam Revistas nas duas primeiras décadas do século XXI. O resultado inclui 92 (noventa e duas) produções que se inspiraram, historicizaram, reconstituíram ou recriaram revistas, resultando numa tipologia da encenação. Assim o Teatro de Revista Contemporâneo recusa o “revisticídio” – ideia de morte do gênero propagada por alguns historiadores – e extrapola a sua prática como resistência para anunciar reexistências poéticas, estéticas e educacionais. Dentre os aspectos analisados estão a hibridização das convenções revisteiras, os entraves da meritocracia e da hierarquia nos processos de criação e a contemporização da noção de autoria em processos colaborativos. Tais aspectos são fundamentais para as experiências artístico-pedagógicas relatadas e discutidas na sequência. Três práticas de ensino de Teatro com encenações, desenvolvidas em espaços formais e não-formais de Salvador e Ilhéus, Bahia, sedimentam reflexões sobre o fazer do professor-encenador com foco na crítica sociopolítica para criação dramatúrgica de Revistas de Ano e nas principais contradições e desafios político-pedagógicos que emergem dos processos, bem como na improvisação para criação de roteiros. Por fim propõe-se quatro aprendizagens para a reexistência do Teatro de Revista na contemporaneidade: aprender a desaprender, aprender a divergir, aprender a misturar e reaprender a jogar. Um anúncio para a continuidade desta investigação e um convite para o reconhecimento e a valorização da História do Teatro Popular brasileiro em suas práticas recentes. |