Pedagogia e prevenção de acidentes infantis: conhecimentos e opiniões de discentes e docentes e ação educativa com universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vilas Bôas, Bruna [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148545
Resumo: Os acidentes infantis constituem problema de saúde pública mundial pela elevada morbimortalidade, mas podem ser prevenidos por meio da educação. Entretanto, a formação de professores sobre o tema ainda é incipiente. Foram realizados dois Estudos. No Estudo 1 o objetivo foi caracterizar conhecimentos e opiniões de discentes e docentes de cursos de Pedagogia em relação à temática dos acidentes infantis a partir de relatos, bem como conhecimentos da mesma natureza formalizados na estrutura curricular dos cursos. Ocorreu em duas Universidades Públicas: uma da grande São Paulo e outra do interior paulista. Participaram três professores, média de 41(±8,1) anos, 2 do sexo feminino, e 96 graduandos dos anos finais do curso, média de 25,7(±6,8) anos, 83% do sexo feminino, sendo turmas A e B da grande São Paulo e turmas C e D do interior paulista. Foram utilizados questionários para docentes e discentes, aplicados em sala de aula. A estrutura curricular dos cursos foi obtida online e foi feita análise comparativa. Os resultados indicaram que apenas 14,3% dos graduandos percebiam a previsibilidade dos acidentes e 20% receberam orientações sobre a temática durante a graduação. As turmas apresentaram interesse em aprender sobre a temática, destacando-se as turmas A e C. Os professores afirmaram não ter abordado o tema na disciplina que atuavam ou em outras disciplinas que lecionaram no curso de Pedagogia. A docente das turmas C e D indicou interesse por uma intervenção com os alunos. A estrutura curricular indicou a ausência de disciplinas que abordassem temas de educação em saúde. Concluiu-se que os graduandos possuíam pouco conhecimento sobre o tema, mas demonstraram interesse pela temática. O tema poderia ser abordado de forma transversal na estrutura curricular do curso. No Estudo 2 os objetivos foram elaborar, aplicar e avaliar ação educativa com discentes de Pedagogia em uma Universidade Pública do interior paulista. Participaram 25 graduandos da turma C. Foi elaborada apostila de estudo sobre conceitos; tipos de acidentes mais frequentes; primeiros socorros; legislações que preconizam a importância de trabalhar o tema no contexto escolar e sugestões de atividades práticas para a educação infantil e o ensino fundamental. A aplicação foi por meio de slides, vídeos e atividades práticas, em quatro encontros de aproximadamente 90 minutos, na sala de aula. Os resultados indicaram que novos conhecimentos foram adquiridos pelos participantes a cada encontro, tendo destaque as legislações sobre o tema, pois inicialmente nenhum aluno tinha o conhecimento e todos aprenderam. Os alunos realizaram planos de ensino para atuação com o tema em sala de aula. Conclui-se que a intervenção favoreceu a aprendizagem de conceitos sobre o tema e ofereceu subsídios para proposição de atividades para trabalhar futuramente com a temática. Professores e discentes avaliaram de forma satisfatória a intervenção. Considerando os dois estudos e visando à formação de professores, sugeriu-se a inclusão do tema na estrutura curricular de cursos de pedagogia, especificamente em disciplinas e/ou estágios que contemplem as questões de educação em saúde e envolvam os graduandos em atividades teóricas e práticas sobre a temática.