Viabilidade econômica da compostagem do lodo de esgoto para fins agrícolas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Visentin, Roseli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182484
Resumo: O uso do lodo de esgoto, um dos resíduos de efluentes do tratamento de esgoto, tem sido tema amplamente abordado sob os aspectos ambiental, legal e econômico. Isto se deve à sua crescente produção, consequência do aumento do serviço de saneamento básico e complexidade da composição do lodo de esgoto, rico em nitrogênio, porém com carga patogênica que deve ser eliminada por processo economicamente viável, permitindo seu uso à luz da legislação vigente. Um dos usos deste resíduo é o agrícola, que pelo processo de compostagem, quando associado com material estruturante, rico em carbono, propicia a eliminação de patógenos e homogeneização da mistura que recebe a denominação de fertilizante orgânico composto classe D, podendo, então, ser aplicado no solo e em culturas predeterminadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade econômica da compostagem do lodo de esgoto produzido na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada na Fazenda Experimental Lageado, no município de Botucatu, misturado com duas fontes de carbono: bagaço de cana-de-açúcar ou casca de eucalipto. A mistura permaneceu em estufa por dois meses, período em que foi revolvida por máquina compostadora, de acordo com parâmetros avaliados periodicamente, tais como a temperatura e umidade. A análise econômica deste projeto foi realizada com acompanhamento do processo, coleta de dados e elaboração de fluxos de caixa representados pela diferença entre o investimento em instalações e equipamentos, custos da operação de compostagem e as receitas de comercialização do fertilizante orgânico e da economia de custos com transporte e disposição do lodo de esgoto em aterro sanitário. Os indicadores Valor presente líquido (VPL), Taxa interna de retorno (TIR), Payback descontado (PBD) e Relação benefício custo (B/C) foram calculados para seis cenários: combinação de dois tipos de material estruturante e três fontes de receita. A alternativa mais viável foi a que utilizou bagaço de cana-de-açúcar, tomando-se como receita a comercialização do fertilizante orgânico e a economia de custos com o transporte e a disposição do lodo de esgoto em aterro sanitário. Os resultados desta combinação foram VPL de R$ 3.669.997, TIR igual a 84%, PBD de 1,3 anos e B/C de 2,83, demonstrando a viabilidade econômica do projeto.