Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Chêne Neto, Guilherme Bemerguy [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214482
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Resumo: |
A tese apresentada tem como objetivo discutir a globalização em seu aspecto cultural, apontando os impactos gerados pela gourmetização da comida em Belém/PA. No ano de 2015 Belém recebeu o prêmio de Cidade Criativa de Gastronomia, dado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). A partir daí a cidade se tornou referência em gastronomia amazônica e muitos estudiosos das ciências gastronômicas e chefs de cozinha passaram a incluir a cidade em seus roteiros gastronômicos. Nesse ensejo, tanto o Estado, na figura da prefeitura da cidade e do governo estadual, quanto empresários argumentaram que esse título dado pela Unesco visa valorizar a tradição e identidade belenenses, a partir de sua culinária, que começa, então a ser inserida numa cadeia global de consumo, sendo mais uma possibilidade de consumo nas prateleiras do “supermercado cultural global”. Além disso, agora, os consumidores dessa comida se tornam parte de “comunidades transnacionais de consumidores”. As análises realizadas nesse trabalho estão estruturadas em três partes. Na primeira, foi exposto o contexto da transformação – ou da tentativa – de Belém num polo gastronômico mundial. Posteriormente, foi apresentada a rede que transita nessa cidade, apontando os discursos e as estratégias de ação dos agentes dessa rede, em busca de reconhecimento. Finalmente, foram analisados os pontos-chaves das narrativas desses agentes, demonstrando como eles utilizam da peça-chave que é a globalização para se vender enquanto representantes autênticos da culinária regional. |