Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Mascarenhas, Gabriel Pini Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234745
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Resumo: |
Os estranhamentos e as resistências que os avanços tecnológicos já causaram no campo das nossas relações interpessoais, ao que tudo indica, estão ficando no passado, já não sendo possível encontrá-los com tanta facilidade atualmente. Com a chegada da pandemia do vírus SARS-CoV-2, as pessoas que já estavam acostumadas a navegar pelo mundo virtual aumentaram a quantidade de tempo em frente às telas. Foi exatamente o que também aconteceu com os espectadores de vídeos pornográficos. O número de visitantes nos websites que armazenam e reproduzem esses materiais cresceu muito desde o início do isolamento social. Neste trabalho, de base psicanalítica, tomo como objeto de estudo o campo das relações entre o espectador e a pornografia online, questionando os lugares que ela poderia ocupar na vida daqueles que costumam assisti-la, assim como suas possíveis funções nos processos atuais de subjetivação. Para que tal objetivo fosse alcançado, esta pesquisa foi composta por três principais elementos: 1) as conversas com os espectadores; 2) um levantamento da história da pornografia no Brasil, assim como a análise das transformações que essas produções sofreram com o tempo e suas atuais características mais acentuadas; 3) uma leitura crítica sobre o contexto social e político que enfrentamos atualmente. Entre as discussões realizadas, conta-se com a experiência corporal nas relações mediadas pela internet; os imperativos ao gozo e à transgressão; as modalidades do saber sobre si que os discursos midiáticos podem proporcionar e a diminuição das capacidades de fantasmar e erotizar do sujeito contemporâneo, marcado por angústias primitivas. Durante esse trajeto foi possível concluir que as discussões sobre uma produção amplamente difundida em nossa cultura, tal como a pornografia, abrem vias ainda pouco exploradas no campo das pesquisas psicanalíticas. Com o horizonte apontando para a continuidade desenfreada da evolução tecnológica e sabendo da importância da sexualidade não apenas no desenvolvimento subjetivo, mas também para as modalidades de controle social, o pornô se destaca como um objeto privilegiado e complexo. |