Efeito do manejo pré-abate de bovinos no bem–estar e qualidade da carcaça

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Tseimazides, Stavros Platon [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134255
Resumo: O objetivo nesse estudo foi identificar, dentre várias boas práticas recomendadas para as plantas frigoríficas, quais causam efeitos positivos ou negativos em questões comportamentais dos animais e medidas de qualidade de carcaça. Como objetivos específicos buscamos: 1) Verificar a eficácia da utilização de substratos no piso dos currais; 2) encontrar o parâmetro para cálculo do melhor espaçamento dentro dos currais do frigorífico. Para atendimento do objetivo 1 foi realizado experimento em um frigorífico no interior paulista durante 11 dias, isolando a maior quantidade de fontes de variações, a fim de testar a diferença no comportamento dos animais e na qualidade da carcaça dos bovinos abatidos quando utilizados 3 tipos diferentes de pisos (bagaço de cana, borracha ou concreto). No tratamento em que animais possuíam piso coberto por bagaço de cana, o ato de deitar foi mais frequente do que os tratamentos onde foram utilizados os outros dois tipos de piso; porém, essa maior frequência do comportamento não foi suficiente para propiciar uma diferença significativa na quantidade de hematomas presentes nas carcaças e para alterar o pH final das carcaças. A desvantagem para a utilização do bagaço ocorreu quando se avaliou frequência de brigas e montas, além da quantidade de água e tempo necessários para limpeza dos currais, aumentando assim problemas relacionados à sustentabilidade, bem como elevando os custos de abate dos bovinos. Para estudar o melhor espaçamento nos currais dos frigoríficos (objetivo 2), durante 26 dias de abate, foram registrados peso vivo médio dos animais que foram colocados em cada curral do frigorífico, quantidade de animais e espaçamento disponível em cada curral para cada animal. A quantidade de hematomas nas carcaças e pH após 24h de resfriamento das mesmas também foram registrados. Esses dados foram utilizados para determinar a equação capaz de predizer o melhor espaçamento para os animais nos currais dos frigoríficos. Encontramos baixas correlações entre densidade e os parâmetros avaliados, bem como valores baixos de R2 para as equações de regressão, levando a concluir que a densidade de animais nos currais dos frigoríficos que possuem programa de bem-estar animal implementado, não é um importante fator a ser considerado, uma vez que ele não interfere no aparecimento de hematomas nas carcaças e nem alteram o valor de pH significativamente. Durante o período que os animais permanecem nos currais dos frigoríficos é muito importante garantir que os animais tenham espaço suficiente para levantarem, deitarem e se movimentarem. Baseado nos resultados desses estudos foi possível concluir que as legislações vigentes no país, referentes a tipo de piso e densidade dos currais de abate dos frigoríficos, contemplam as necessidades dos animais.