Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Spanghero, Natalie Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214573
|
Resumo: |
Os registros de baleias-azuis (Balaenoptera musculus) são escassos no Brasil e os ossos fósseis estudados no presente trabalho são o primeiro registro fóssil dessa espécie no Brasil, coletados em 2012 na Praia do Leste (Iguape, SP) composta por cordões litorâneos e controlada por micromarés. Esses animais são mais comuns em ambiente pelágico, tornando-se mais raro se fossilizar em ambiente praial. Por se tratar de um exemplar excepcionalmente preservado, o objetivo desta pesquisa consiste em elucidar questões sobre a história tafonômica do fóssil e do ambiente deposicional durante o Holoceno. Através da análise da geomorfologia, das assinaturas tafonômicas e alterações macroscópicas nos elementos esqueletais foi observado o predomínio de marcas diagenéticas, e pelo baixo grau de desarticulação e posição dos ossos concluímos que a baleia encalhou morta em águas rasas (zona de arrebentação) há 1,9 ka anos durante progradação da linha de costa sendo soterrada rapidamente; seguida por erosão e nova progradação há 700 anos que causou o retrabalhamento parcial e novo soterramento; e recentemente afloramento por erosão. Imagens de satélite e fotografias de VANT foram usadas para observar as mudanças recentes na linha de costa, entre os anos de 1984 e 2001 havia progradação na Praia do Leste de 12,5 m/ano; e a partir dessa data entre 2001 e 2020 ocorre erosão, com média de 32 m/ano; em 2012 a erosão expõe o fóssil na praia do Leste, mostrando ciclos de erosão e progradação com tendência a erosão, com influência direta do rio Ribeira de Iguape. |