Tão longe, tão perto: a identidade paraense construída no discurso da mídia do sudeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cunha, Marcos André Dantas da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/104476
Resumo: Nesta tese estudamos o discurso sobre o estado do Pará/Brasil, nas produções textuais e semiológicas do jornal paulista “Folha de S.Paulo”. Verificamos a regularidade que pudesse apontar para a produção de determinadas identidades a respeito desse estado amazônico. Nossa investigação fundamenta-se na Análise do Discurso Francesa, embasada em Michel Pêcheux e Michel Foucault. Considerando que o discurso se inscreve principalmente na dispersão das enunciações produzidas por sujeitos sócio-históricos, na materialidade das palavras em processo metonímico e metafórico de sentido, buscamos, nos discursos da “Folha de S.Paulo”, modos de dizer referendando,reproduzindo ou resistindo a determinados saberes sobre o estado do Pará. Pelas diferenças regionais verificadas no território continental brasileiro, estabelecem-se relações de poder, daí os sujeitos representativos dos lugares/espaços historicamente reconhecidos como “centros”, muitas vezes, produzirem discursos etnocêntricos a respeito daqueles sujeitos/lugares/espaços ditos como “margens”. Desenvolvemos a metodologia de constituição do corpus e de análise dos discursos nas produtivas noções foucaultianas de repetição e dispersão. Pela violência ao homem (chacinas/trabalho escravo infantil) e ao meio ambiente (queimadas e desmatamento), enfatiza-se a mais visível das identidades paraenses. Os repetidos, mas pontuais, textos sobre o Círio de Nazaré realizam-se em enunciados com efeitos de sentidos quase cristalizados, não possibilitando tornar o evento um acontecimento midiático. A pouca frequência de textos sobre turismo, arte e ciência, e menos ainda sobre a própria etnia indígena, também se constitui em indício de uma identidade paraense. Quando se enuncia acerca do turismo no Pará, não se deixa de dizer sobre as distâncias físicas e a falta de condições estruturais...