Vítima do ódio: a militância comunista e as lutas camponesas no interior paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lima, Airton Souza de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99033
Resumo: O episódio do massacre de Tupã, em que foram mortos comunistas envolvidos na organização de camponeses no interior de São Paulo, serviu de mote para problematizar a relação entre os movimentos sociais no campo e o jogo político aberto. A escassez de informações, para a contextualização do que ocorrera em Tupã, inviabilizou o aprofundamento de um estudo de caso e redefiniu-o a partir das fontes disponíveis, que vão desde inquéritos policiais, processos jurídicos, jornais locais e partidários até alguns depoimentos de militantes, atuantes no interior do Estado, em documentos colhidos, em entrevistas, ou por intermédio da compilação de memórias, publicadas na forma de livro. As razões da inserção subalterna de camadas sociais do campo, no processo de formação da sociedade brasileira, buscaram na herança colonial o caráter híbrido de aspectos précapitalistas e capitalistas das relações de produção do campesinato brasileiro. Dentre tais aspectos, está a coação extra-econômica. O pioneirismo do Partido Comunista Brasileiro na luta camponesa e na organização dos trabalhadores rurais provou os limites da democracia formal. A análise da leitura que o Partido delas fazia para estabelecer as estratégias da atuação no campo, contraposta às das conjunturas históricas e às das particularidades regionais, às das diferentes demandas dos vários segmentos da população rural de São Paulo, revelou alguns motivos que levaram o Partido a ter maior penetração entre os lavradores em algumas regiões do interior do Estado de São Paulo e menor em outras.