Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mussoi, Aniely Cristina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182503
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Resumo: |
Partindo da desmaterialização observada nas artes do século XX por Lucy Lippard, isto é, da perda de interesse dos artistas na evolução física do trabalho de arte, assumo como objeto de estudos um subgrupo de tal fenômeno, distinto por visar à desmaterialização completa como o próprio objeto artístico. Tais propostas, aqui denominadas “Artes do Vazio”, desafiam nossa compreensão e dificultam sua caracterização por não resultarem em materialidade física na sua exibição. Neste trabalho, ofereço uma interpretação semiótica e uma resposta aos seus desafios. No primeiro capítulo, abordarei seu contexto de desenvolvimento e sua diversidade através do século XX, ao qual acompanha, simultaneamente, o desenvolvimento de algumas hipóteses interpretativas. Estas, por sua vez, serão analisadas em seus alcances e limites no segundo capítulo. Já o terceiro visa a uma interpretação dos dilemas que as artes do vazio apresentam por contrariarem alguns pressupostos comuns a toda obra de arte, o que as coloca sob o risco de um relativismo em sua interpretação. Para tal, será apresentada a teoria semiótica de Charles S. Peirce, que, articulada à sua fenomenologia e ao seu realismo, mostrar-se-á frutífera na construção de um argumento que oferece uma resposta a tais dilemas. Neste ponto, serão esclarecidos os papeis tomados por alguns elementos necessários à cadeia semiótica de uma obra do vazio, e.g., os elementos contextuais de apresentação artística e o impacto de uma quebra de expectativa na recepção da obra. Posteriormente, as artes do vazio serão avaliadas conforme o panorama estabelecido pela hipótese de núcleos estéticos por Carl R. Hausman. Como resultado, tem-se que as artes do vazio são justificadas como um fenômeno sui generis nas artes, e que sua significação é plenamente explicada pela semiótica peirciana. Embora levem aos limites a polissemia, as artes do vazio possuem sua objetividade garantida se interpretadas conforme a semiótica de Peirce e a hipótese de Hausman. |