Conflito, reconhecimento e justiça: uma nova forma à teoria crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ravagnani, Herbert Barucci [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93144
Resumo: Axel Honneth tem procurado, nos últimos anos, conceituar o conflito social enquanto luta por reconhecimento, assim como as esferas sociais do reconhecimento como compondo fundamentos da realidade social, a partir dos quais se pode retirar critérios para uma teoria do reconhecimento e uma teoria da justiça na modernidade. O presente trabalho visa oferecer uma leitura da contribuição honnethiana, partindo da crítica a Habermas, principalmente em Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais, de 1992, e em Sofrimento de indeterminação: uma reatualização da Filosofia do Direito de Hegel, de 2001. Esta leitura tem como mote principal a reflexão acerca das noções de reconhecimento, conflito e justiça, tidos como centrais na nova teoria proposta por Honneth, e tem como fio condutor a tentativa de identificar e delinear os pontos comuns possíveis de serem encontrados nessas duas obras decisivas do pensamento honnethiano. Será possível notar que Honneth está sempre tentando ―elucidar categorialmente a realidade social‖, isto é, ele procura suprir uma nova conceituação acerca do ―social‖ a qual represente condições de estabelecimento da Teoria Crítica não mais sobre os fundamentos do consenso e do entendimento, em uma teoria linguística do mundo da vida, mas sim em uma teoria que coloque o conflito social e os sentimentos de desrespeito e injustiça no centro da perspectiva crítica. Esperamos que no decurso desta reconstrução possamos esclarecer o propósito fundamental de Honneth em decifrar a centralidade das esferas sociais no que concerne à análise tanto dos processos de individuação e socialização quanto das formalizações e racionalizações sociais